Na
tarde do dia 14 segunda-feira uma sra. deu entrada na emergência do HMI em
Itaituba, Pará,foi atendida e internada em estado grave, mais pela madrugada não
resistiu e faleceu.
A
mesma foi liberada para o funeral, até aí nada de anormal. Já na tarde do dia
seguinte, o inusitado aconteceu: familiares afirmam que a sra. respirava e tinha
batimentos nítidos, e começaram a divulgar o fato nas redes sociais, notícia que
se propagou com grande velocidade.
Diante
da situação, o Secretário de saúde enviou imediatamente uma equipe, acompanhada
de uma médica, ao qual confirmou o óbito.
Mais
ainda assim, a família afirma que a mesma faleceu pelo tempo sem atendimento
quando estava sendo velada.
Diante
da repercussão que o caso tomou nas redes sociais, em sua maioria colocando em
cheque a competência e profissionalismo da equipe médica e técnica do Hospital
Municipal a direção do HMI emitiu uma nota de esclarecimento.
Nota
a imprensa do Hospital Municipal.
O
Hospital Municipal de Itaituba vem por meio desta, esclarecer e responder a
alguns questionamentos realizados nas redes sociais sobre uma suposta falha na
confirmação de óbito da idosa da iniciais B.D .
A
senhora das iniciais B.D, etilista de longa data, com 60 anos deu entrada na
sala de emergência do Hospital Municipal de Itaituba por volta de 15h, trazida
pelo corpo de bombeiros, com acompanhante apresentando sinais visíveis de
embriaguez alcoólica. A Idosa estava em hipotensão (Pressão próxima a zero),
com febre alta, inúmeras lesões por pressão (escaras), com higiene bem
comprometida e inconsciente há 2 dias em casa (segundo o marido) fato esse
comprovada pela medica plantonista . Foi prontamente atendida culminando com
sua internação após 2 h na sala de Emergência.
Durante
a internação a idosa respondia pouco a terapêutica mantendo sempre a
inconsciência e na maioria das vezes sem acompanhante ou familiar próximo. Por
volta de 3:22h do dia 15/08/2017 evolui para uma PCR (parada
cardiorespiratória) , realizado então as manobras de ressuscitação
cardiopulmonar: compressões torácicas, ventilação mecânica e administração de
adrenalina, mas sem êxito. Foi constatado então o óbito pela médica plantonista
as 3:45h, sendo liberada então para o serviço funeral.
As
15h do dia 15/08/2017 começam a circular áudios, vídeos e comentários em redes
sociais questionando condutas e até acusando profissionais de imperícia e
negligência. Foi então que, de forma solidaria, deslocamos a equipe do SAMU
mais dois médicos, que foram em horários distintos, para novamente constatar o
óbito. Ambos, comprovaram a ausência de sinais vitais ( sem Pressão arterial,
sem movimentos respiratórios, temperatura baixa e sem frequência cardíaca).
Sobre
os fenômenos veiculados nas redes sociais: ausência do rigor mortis
(enrijecimento do corpo) e espasmo musculares involuntários, são situações que
embora raras ocorrem devido a fatores ambientais e metabólicas de cada
organismo. Ex: temperatura, medicamentos, estado nutricional, uso de drogas
como o álcool etc. Em relação aos espasmos musculares ocasionais ocorrem devido
ao uso de ADRENALINA durante a PCR com a finalidade de restabelecer frequência
cardiaca, contudo estes dois fenômenos não representam um sinal vital ou seja
não há mais vida ! Vale ressaltar que após 6 min sem batimentos cardíacos os
órgãos; começando pelo cérebro, começam a entrar em falência.
A
equipe deste hospital se entristece ao ouvir comentários pejorativos e
condenações por pessoas que se julgam peritos e espalham suas conclusões como
verdade absoluta. No HMI existem profissionais do mais alto gabarito e com
grande comprometimento no que fazem e realizaram todo o procedimento conforme
previstos em protocolos e literaturas.
Contudo,
nos solidarizamos com a família , entendemos como é difícil lidar com a perda
de um ente tão querido e nos colocamos a disposição para qualquer tipo de
assistência, seja ela medica, jurídica ou psicológica.
Grato,
A
direção
Portal
do Oeste
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