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sábado, 12 de agosto de 2017

CHUVA DE OVOS CONTRA POLÍTICOS ACABA NA POLÍCIA, EM MARABÁ


Um grupo de cerca de 12 estudantes universitários de Marabá, Pará, protagonizou um fato inusitado que paralisou a audiência pública sobre desenvolvimento socioeconômico na Câmara Municipal de Marabá, ontem. Toda vez que o nome do deputado federal Beto Salame (PP-PA), era anunciado pela presidência da mesa que conduzia os trabalhos, o grupo se manifestava e o acusava de “apoiar um presidente golpista”.

Já quase no final da audiência, quando o próprio Beto foi usar a tribuna, os estudantes se posicionaram no fundo do Plenário e estenderam uma faixa gigante e praticamente se “esconderam” atrás dela. Ainda no início da fala do parlamentar, os jovens começaram a jogar ovos em direção à tribuna, e acabaram acertando diversas pessoas, entre vereadores e outros participantes da audiência, menos o próprio Salame. 

A partir daí, a audiência foi interrompida, porque seguranças da Câmara tentaram impedir que a chuva de ovos continuasse. Até o senador petista Paulo Rocha se posicionou contrário à atitude dos acadêmicos e saiu da mesa diretora dos trabalhos e foi até eles para conversar. Aliás, a conversa foi dura e houve até mesmo um momento de tensão.

Os estudantes alegaram que o deputado Beto Salame se posicionou de forma polêmica em recentes votações importantes. No início do mês, ele votou pelo arquivamento de denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Em abril, mudou de lado após pressão, votando a favor da aprovação do requerimento que acelerou a reforma trabalhista. No ano passado, se isentou na votação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Vice-prefeito foi duro

Antes mesmo da “chuva de ovos” contra o deputado Beto Salame iniciar, o vice-prefeito de Marabá, Tony Cunha, foi duro em seu discurso ao repudiar a manifestação dos estudantes: "respeito em grande medida a manifestação dos senhores, mas lhes digo que essa política de esquerda, dessa forma, sem respeito, está ultrapassada. O lugar desse tipo de desrespeito é o circo, vocês têm que fazer faculdade de artes cênicas ou frequentar o picadeiro, porque quem não respeita o parlamento não quer transformação, quer balburdia e anarquia, e o tempo de vocês já passou", disse Cunha.

Depois que a “chuva de ovos” acabou e os ânimos foram aparentemente arrefecidos, o deputado Beto Salame retomou seu discurso, mas dedicou boa parte dele para se defender. Disse que não tem problema nenhum em ajudar movimentos sociais, “agora tem que ter respeito por mim, pelo vice-prefeito que aqui falou e pelos deputados que aqui falaram. Democracia é isso, é respeitar posições”.

O parlamentar federal pediu mais tolerância e sustentou que ainda é a política, o estado, o governo federal e a prefeitura municipal que fazem as coisas avançarem ou atrasarem nas vidas das pessoas. “Ainda são os órgãos públicos os vetores do desenvolvimento da cidade. É nosso papel fazer com que o Estado do Pará, por exemplo, assuma papel relevante na nossa região, juntamente com o governo federal”.

Depois, ele foi mais duro e mandou um recado aos manifestantes: “Independente de questões e diferenças ideológicas e da arrogância de uma esquerdinha que se acha o paladino da moralidade”.

Salame: "me sinto desrespeitado"

Beto também usou parte de seu tempo para reclamar de um ex-vereador que o teria chamado de traidor ali mesmo na audiência pública. “Ele pode até me chamar de traidor, mas é covarde e não teve coragem de ficar aqui para ouvir a resposta que eu iria dar para ele. Diz que representa um povo e então sei que povo ele representa, chega aqui sozinho e sai sozinho. Qual o povo que ele representa? Eu não me sinto ofendido e sim desrespeitado. Eu e meus colegas deputados. Queria reafirmar meu compromisso com a minha cidade a gente entende que pode ter gente que não goste e que goste, é da democracia. Eu apresentei algumas pautas que foram colocadas aqui, tenho feito meu trabalho”, alegou. 

Antes do final da audiência, os estudantes foram conduzidos pela Polícia Militar para a Delegacia da Cidade Nova, onde tiveram de prestar depoimento ao delegado Victor Leal sobre o incidente ocorrido na Câmara, mas nem mesmo foram presos. A presidente da Câmara, Irismar Araújo Melo, também será ouvida. (Ulisses Pompeu)

Os estudantes atiraram ovos contra os políticos durante a audiência pública

Salame chamou de "covarde" quem saiu para não ouví-lo após a escaramuça

O senador Paulo Rocha  ( de costas) desaprovou a atitude dos manifestantes

O indefectível "Fora Temer" foi levado à audiência pelos estudantes

Rocha discute com um dos estudantes, condenando a "ovada"






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