Familiares dos nove
desaparecidos da colisão entre navio mercante e o empurrador da empresa
Bertolini participaram de coletiva de imprensa nesta sexta (04)
Foto: Reprodução/Internet |
Familiares dos sete
tripulantes e de dois passageiros desaparecidos com a colisão entre o navio mercante “Mercosul Santos” e o empurrador da
empresa Bertolini, nas proximidades de Óbidos (PA), no rio Amazonas, disseram que estão com esperança de
encontrar seus parentes com vida. A informação foi dada durante coletiva de
imprensa realizada nesta sexta-feira (04), na capitania Fluvial de Santarém
(Pará), com representantes da Bertolini, Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil.
Os familiares dos nove desaparecidos
apresentaram esperanças de encontrar a tripulação com vida, pois de acordo com
informações da Bertolini, eles estariam dormindo no momento da colisão e é
possível que eles estejam presos em compartimentos fechados do rebocador.
A coletiva de imprensa também foi realizada
para esclarecer algumas informações desencontradas. Durante sua fala, o
comandante da capitania fluvial, o capitão Ricardo Barbosa, informou que até
ontem ainda não tinham iniciado os mergulhos para as buscas dos desaparecidos,
pois até então não se sabia a localização certa do empurrador que afundou após
o choque com o navio cargueiro, fato ocorrido às 4h30 de quarta-feira (02).
O comandante explicou que por conta da forte
correnteza do rio Amazonas e também da profundidade, não se tem uma noção de
onde esteja o empurrador. “Por enquanto as buscas estão sendo realizada pela
superfície. Demos início ao local do acidente e estamos avançando aquela
região. Quando tivermos uma noção de onde o empurrador esteja será mais fácil
realizar os mergulhos”, disse.
Barbosa disse aos familiares que se em alguns
momentos eles que acompanham as buscas não veem os bombeiros e nem a lancha da
capitania é por conta da varredura que está sendo realizada em vários pontos,
conforme o sentido da correnteza.
O comandante do 4º Grupamento de Bombeiros
Militar, tenente-coronel Luiz Cláudio, também disse que a falta de nitidez da
água e a forte correnteza dificulta o trabalho das buscas. Cláudio explicou aos
familiares que os procedimentos são de alto risco, por isso é importante ter
uma base de onde o empurrador esteja para que os bombeiros possam vir a
mergulhar.
Sobrevivente
Ainda na coletiva, o comandante da capitania
fluvial relatou o que sobrevivente, Euclinger Silva da Costa, informou sobre o
acidente. Conforme o comandante, Euclinger dormia quando ouviu um barulho da
colisão, assustado ele levantou e se deparou com a água, segurou o ar e tentou
se acalmar para buscar uma saída. Quando conseguiu ir para superfície, foi
resgatado por uma embarcação regional e nela já estava César Lemos da Silva,
outro sobrevivente da colisão. O responsável pela embarcação regional também será
acionado para prestar depoimento sobre o acidente.
A Crítica
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