Político
estava internado em estado grave desde sábado, quando sofreu um acidente com o
avião de pequeno porte que pilotava em Luiziânia (GO)
O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina morreu às 4h43 desta quarta-feira, após sofrer uma parada cardiorrespiratória (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) |
Morreu nesta
quarta-feira o ex-senador boliviano Roger Pinto Molina,
aos 58 anos. Asilado no Brasil desde agosto de 2013, Molina havia sofrido um acidente em
Luiziânia (GO), no sábado, com o avião de pequeno porte que pilotava. Ele
estava internado em estado grave no Hospital de Base do Distrito Federal, que
confirmou a morte. A Aeronáutica investiga a queda da aeronave.
O ex-senador voava
só e foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros. Ele deu entrada no hospital em
estado grave, politraumatizado e com traumatismo crânio-encefálico. Segundo o
Hospital de Base, Molina morreu às 4h43 desta quarta-feira, após sofrer uma
parada cardiorrespiratória e não responder às manobras de reanimação. O corpo
foi encaminhado ao IML, por se tratar de acidente aéreo.
Molina vivia em Brasília após ter saído clandestinamente de seu
país com a ajuda do diplomata Eduardo Saboia. Enquanto
senador, fez oposição ao governo do presidente boliviano, Evo Morales.
Em maio de 2012, o político pediu asilo na embaixada do Brasil em La Paz,
alegando ser vítima de perseguição política.
Depois de quinze meses vivendo na representação
brasileira para não ser preso, quando já se encontrava com o estado de saúde
debilitado, o então encarregado de negócios da embaixada, Eduardo Saboia,
ajudou Molina a fugir de carro até a fronteira com o Brasil, em Corumbá (MS).
De lá, seguiu de avião até Brasília.
O episódio
abriu uma crise no governo da então presidente Dilma Rousseff (PT),
alinhado ao de Morales. O então chanceler, Antonio Patriota, perdeu o cargo por
causa da fuga, e Saboia foi alvo de processo interno no Itamaraty. Atualmente,
Patriota é embaixador em Roma. Já Saboia, promovido a embaixador, trabalha no
gabinete do atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB).
Na capital
federal, o ex-senador boliviano obteve uma licença para atuar como piloto
profissional. Segundo relatou a VEJA em fevereiro, essa é uma área em que já
tinha atuado em seu país. Ele era sogro de Miguel Quiroga, o
piloto do avião que caiu com o time
da Chapecoense em novembro de 2016.
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