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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Polícia adia enterro de homem que estaria 'vivo' em velório no PR

Corpo foi encaminhado ao IML de Toledo (PR) na manhã desta quinta-feira (10) para a necrópsia; morte foi atestada duas vezes.

Família parou o velório ao desconfiar que morto poderia estar vivo; médico diz que coração pode continuar emitindo ondas elétricas após parar (Foto: Reprodução)
Família parou o velório ao desconfiar que morto poderia estar vivo; médico diz que coração pode continuar emitindo ondas elétricas após parar (Foto: Reprodução)
A polícia determinou que o corpo do homem que a família chegou a acreditar estar vivodurante o velório passe por exames que atestem a causa da morte. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (10) após familiares registrarem um boletim de ocorrência na delegacia de Santa Helena, no oeste do Paraná.

O sepultamento estava marcado para as 9h, mas o corpo foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Toledo por volta das 11h para a necrópsia e deve ser liberado à tarde.

“Ao ficarmos sabendo do caso, chamei o médico que fez o atendimento para dar explicação. Ele disse que o cidadão estava sem vida. Mas, para não ficar qualquer dúvida, mandamos o corpo para o IML e o perito vai dizer qual foi a causa da morte”, comentou o delegado Pedro Lucena.

O homem tinha 44 anos, e a família ficou em dúvida sobre a morte após um aparelho registrar supostos batimentos cardíacos. O corpo chegou a ser levado ao hospital durante o velório, mas exames comprovaram a morte.

Na noite de terça (8), ele passou mal e procurou o pronto atendimento de São José das Palmeiras, na mesma região. Horas depois, teve a morte por infarto confirmada pelo médico de plantão. Em seguida, o corpo foi levado à funerária - onde teve todo o sangue e fluídos corporais retirados - e liberado para o velório.

Na quarta (9), pela manhã, familiares estranharam a temperatura do corpo do homem e chamaram um médico. O aparelho usado pelo clínico Fernando Santin registrou 74 batimentos cardíacos por minuto, semelhante ao de uma pessoa viva e com as mesmas características.

“Comuniquei que precisava levar o corpo até o pronto-atendimento, onde teria condições melhores de avaliar, e a família aceitou. Em nenhum momento eu disse que ele poderia estar vivo”, comentou o médico.

Os exames de eletrocardiograma e o monitoramento pulmonar e cardíaco foram acompanhados por um médico cardiologista e outro clínico. Eles constataram que não tinha pulso e que não havia reação da pupila, além da rigidez cadavérica. Portanto, ele estava morto, segundo os médicos.

Para o clínico Fernando Santin, a hipótese trata-se de um caso de atividade elétrica sem pulso, opinião, segundo ele, compartilhada por um médico do Samu também consultado.

“Mesmo depois de parar de bater, o coração pode continuar emitindo ondas elétricas. E isso é o que pode ter sido captado pelo oxímetro. Casos assim são raríssimos. Em 14 anos de profissão, nunca havia sido chamado para um atendimento como este", explicou.





G1/Oeste e Sudoeste

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