Foto: Kléber Lima |
O corpo de Gheanny Karolyne Sousa dos
Santos, 4 anos, ainda não foi enterrado, mas o autor do homicídio está solto.
Hegon Henrique Brito Xavier, 24, foi o motorista do carro que invadiu
a casa da menina, na Quadra 318 do Condomínio Del Lago, no
Itapoã, Distrito Federal, no início da tarde dessa segunda (16). Logo após o acidente fatal, o
jovem foi levado à 6ª DP (Paranoá), porém foi liberado no mesmo dia.
Apesar da gravidade do caso, não foi
imposta a prisão em flagrante – e por isso ele responderá em liberdade. Já a
vítima ainda não foi enterrada pois a família só conseguiu juntar o dinheiro
para o velório hoje. A mãe da menina é dona de casa, e o pai está desempregado.
A despedida de Gheanny deve ocorrer na tarde desta quarta (18).
Segundo o padrinho dela, Fábio Alves,
os pais estão à base de calmantes. Eles também ficaram feridos e foram
encaminhados ao Hospital do Paranoá para avaliação.
Indignação
Alves se queixa da soltura do jovem. “Não tem justiça no Brasil.
O rapaz nem prestou depoimento direito e foi liberado. Não permaneceu nem
algumas horas preso”, desabafa. O homem reclama que, se ele fez isso após uso
de remédios, pode cometer o mesmo ato em situações posteriores.
O padrinho de Gheanny alega ainda que a família do acusado não
entrou entrou em contato com os pais da menina para prestar qualquer tipo de
socorro. “Minha afilhada era muito animada. Falava de tudo. É um perda muito
grande para nós”, completa.
Essa indignação de Fábio Alves é mais comum do que muitos possam
pensar. O JBr. mostrou
na semana passada que, no primeiro semestre deste ano, 96% dos presos por crimes de trânsito são soltos após
curto tempo, segundo dados do Tribunal de Justiça do DF.
Jornal de Brasília
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