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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Bebê morre após mãe ficar 11h sem atendimento no parto

Após mais de 24 horas internada e sentindo contrações, mãe recebeu a notícia que filho nasceu morto. Secretaria Municipal de Saúde lamentou o ocorrido e informou que vai apurar as condições do atendimento.

 RJ: bebê morre após mãe ficar 11h sem atendimento no parto (Reprodução de Vídeo/TV Globo)
Após mais de 24 horas internada e sentindo contrações no Hospital Municipal Albert Scheitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, a jovem Bianca Lima dos Santos voltou para casa sem o filho nos braços. A criança não resistiu e morreu. “Desde o momento que eu entrei lá meu filho estava com vida porque eles escutaram o coração dele e meu filho nasceu morto”, afirmou.

Um dia antes de ser internada chegou a procurar duas unidades de saúde: o Hospital da Mãe, em Mesquita, e a maternidade de Seropédica, na Baixada Fluminense, mas foi mandada de volta para casa.

O nome do bebê seria Adrian Lucas, uma homenagem ao pai. No domingo (14), às 4h, ela conseguiu internação no Hospital Albert Schweitzer. Dez horas depois de dar entrada, às 14h, a bolsa estourou, mas os médicos disseram para Bianca que ainda não era hora do parto.

“A médica chegou, me deu o toque, falou que eu tava com 5 de dilatação e tinha até 24 horas pro meu filho nascer com a bolsa estourada”

Bianca só voltou a ser examinada às 20h, mas por um enfermeiro. Depois isso, ninguém apareceu no quarto. Segundo Bianca, sua mãe pediu ajuda durante toda a madrugada, mas a equipe de plantão só apareceu de manhã, 11h depois da última visita, por volta das 7h30.

“Quem ficou o tempo todo até ele coroar foi a minha mãe que teve que chamar a enfermeira que estava saindo de plantão para poder fazer meu parto. Que ai que encheu a sala foi só esse momento que apareceu as enfermeiras o pediatra tudo para poder fazer o meu parto só que o meu filho estava sem vida”, lamentou.

A família até agora não recebeu o prontuário médico, para saber o que aconteceu durante o trabalho de parto. O hospital pediu um prazo. A defensoria pública diz que esse um direito do paciente, que deve ser atendido imediatamente, sem espera.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abrirá sindicância para apurar o caso. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lamentou o ocorrido e informou que a comissão de óbito da unidade vai apurar as condições do atendimento prestado. A direção do Hospital Municipal Albert Schweitzer disse está à disposição dos familiares para esclarecimentos.





G1/RJ


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