É
preciso reconhecer a agilidade e competência da polícia do Maranhão na
investigação de três assassinatos que marcaram o nosso estado nos últimos 13
meses: o assassinato de jovem publicitária Mariana Costa Araújo (sobrinha-neta
de Sarney, da menina Alanna Ludmila e agora a morte do ex-prefeito de Barra do
Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin. Todos de fácil elucidação.
Além da agilidade e competência, a polícia contou com a sorte nos três
casos. No de Mariana, o corpo foi encontrado dentro do apartamento. Não demorou
muito para que, de posse das imagens internas do condomínio onde ela residia, a
investigação chegasse ao cunhado Lucas Porto, que confessou o crime, perpetrado
no dia 13 de novembro do ano passado.
A morte de Alanna Ludmila, também seguida de estupro, aconteceu no dia 1
de novembro deste ano. No dia 3, dois dias depois que a polícia esteve no local
do crime, vasculhou a redondeza, um vizinho da menor encontrou o corpo
enterrado em cova rasa no quintal da casa dela, no Maiobão.
A fuga do padrasto da menina, Robert Serejo, após prestar depoimento,
foi o sinal verde para a descoberta do autor do crime. Ao tentar fugir em uma
Van para o interior, ele foi reconhecido e preso. Também confessou o crime.
No caso da morte do ex-prefeito de Barra do Corda, a princípio a única
testemunha ocular da morte era o próprio filho. O depoimento dele, portanto,
era importante. E foi no depoimento que a polícia foi encontrando as contradições,
o relatos falsos do filho de Nenzin.
O tiro a queima-roupa, a presença de mais pessoas dentro do carro, a
demora de levar o ex-prefeito para o hospital deram a senha para a polícia. Aí
veio a fuga durante a missa de corpo presente. Mariano Júnior se evadiu e foi
preso hoje de manhã cedo na casa de um amigo. Só resta agora confessar que foi
o mandante da morte do próprio pai.
Os três crimes abalaram a população pela forma como foram perpetrados.
Chocaram a quem tomou conhecimento, ainda mais porque envolve familiares.
Portanto, a polícia deu respostas rápidas por encontrar facilidades para chegar
aos criminosos.
O mesmo
não se pode dizer de outros casos, como o assassinato do Blogueiro Ítalo Diniz
(foto acima), assassinado na porta de sua casa, em novembro de 2015, na cidade
de Governador Nunes Freire, dois anos depois sem elucidação, portanto. O crime
emocionou a cidade e foi cobrado até pela diretora geral da ONU para Educação,
Ciência e Cultura, Irina Bokova, que apelou para as autoridades policiais a
prisão de executores e mandantes. E nada, até agora.
Luís Cardoso
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