Lojas kolumbia - A sua melhor opção em preços.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Mãe e filha são baleadas e morrem durante tiroteio no Morro da Mangueira, no Rio

Ana Cristina e mãe, Marlene Marian
Ana Cristina e mãe, Marlene Marian Foto: Reprodução Facebook

Mãe e filha morreram baleadas em meio a um intenso tiroteio no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (30). Marlene Maria da Conceição, de 76 anos, e Ana Cristina Conceição, de 42, ainda foram levadas para o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, mas chegaram mortas à unidade de saúde.



Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o socorro de Ana Cristina e Marlene. Uma delas, inclusive, tem o corpo enrolado em lençois e transportada por vizinhos. Em protesto pouco depois das mortes, um ônibus da linha 627 (Inhaúma x Saens Peña) foi incendiado no Viaduto da Mangueira, que agora está fechado nos dois sentidos. A Radial Oeste está interditada na altura do elevado, assim como a Rua Visconde de Niterói.
Pouco antes de morrer, Ana Cristina fez uma postagem no Facebook, por volta das 11h, referindo-se ao confronto que acontecia na Mangueira e que já durava, então, quase três horas: "Não dá pra acreditar". Em post no dia 24 de maio, ela também se queixou sobre a violência: "Muito tiro. Deus proteja-nos aqui na Mangueira". Ela foi atingida por um tiro nas costas.
O último post de Ana Cristina
A troca de tiros começou quando agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira faziam um patrulhamento. De acordo com a assessoria de imprensa das UPPs, os policiais foram atacados por criminosos na localidade conhecida como Buraco Quente. Segundo informações, as vítimas desciam o morro a caminho do trabalho quando foram atingidas.

O ônibus em chamas no Viaduto da Mangueira
O ônibus em chamas no Viaduto da Mangueira Foto: Centro de Operações da Prefeitura do Rio / Reprodução
Segundo um sobrinho de Marlene que está no Salgado Filho, mas não quis se identificar, a idosa foi atingida por quatro tiros: um no pescoço, um em cada mão e um no joelho. Em seguida, a filha tentou socorrê-la, mas também foi baleada.
- Foi uma matança, os policiais sabiam que era uma senhora de idade - disse ele. - Não sei o motivo. Não entendo se os policiais são treinados para salvar ou para matar.
De acordo com familiares, desesperado ao ver o corpo da mulher, o marido de Ana Cristina deu um soco na parede e quebrou a mão.

O ônibus queimado no protesto
O ônibus queimado no protesto Foto: Alexandre Cassiano / O Globo
Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Fábio Cardoso, equipes do Grupo Especial de Local do Crime (GELC) estão nas ruas em diligências.
- As equipes do GELC estão na rua para tratar e investigar estes crimes e, para não expor a investigação e por questão de segurança de testemunhas e vítimas, não divulgamos as diligências realizadas - falou.
Desde cedo moradores relatam, em redes sociais, um intenso tiroteio na comunidade, que começou durante uma operação da Polícia Militar. De acordo com eles, os tiros começaram no incício da manhã e foram se intensificando. Há comentários sobre sons de bombas explodindo na favela.
"Que Deus Proteja Todos Do Morro Da Mangueira".

INTENSO TIROTEIO com bombas aquí no Morro da MANGUEIRA há mais de uma hora!

Tiroteio na mangueira.
Quase levei um tiro 😲😨
INTENSO TIROTEIO com bombas aquí no Morro da MANGUEIRA há mais de uma hora!
— RedPorTiAmerica (@redportiamerica) June 30, 2017
Tiroteio na mangueira.
Quase levei um tiro \&\#128562;\&\#56882;\&\#128552;\&\#56872;
— Dj FUSCÃO.. (@djfuscaoo) June 30, 2017
Em nota, a assessoria de imprensa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não comentou em que circunstâncias as mulheres foram baleadas e disse que mais informaçõe serão dadas pela Polícia Civil:
"Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira, policiais em patrulhamento na manhã desta sexta-feira, 30/06, foram atacados por criminosos na localidade conhecida como Buraco Quente. Houve confronto e, nesse momento, um grupo tenta interditar as vias de acesso à comunidade e incendiar ônibus e pneus. O Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e outras UPPs e batalhões da região reforçam o policiamento. Há informações sobre um homem ferido que foi socorrido por moradores e levado em um caminhão de gás para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Também há informações sobre duas mulheres socorridas por parentes para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Elas não resistiram aos ferimentos e a Divisão de Homicídios foi acionada para a Unidade hospitalar.
Mais informações com a Polícia Civil."

Barricadas foram queimadas na Mangueira em protesto pela morte de moradoras
Barricadas foram queimadas na Mangueira em protesto pela morte de moradoras
Foto: WhatsApp Extra
Em nota, a Rio Ônibus informou que os veículos que operam nas imediações da comunidade da Mangueira alteraram o itinerário para a Rua São Luiz Gonzaga e Avenida Radial Oeste. A empresa ainda informou que o motorista do coletivo incendiado foi agredido pelos criminosos ao tentar evitar o ataque. Somente nos seis primeiros meses do ano, 65 ônibus foram incendiados. O prejuízo do setor ultrapassa os R$ 48 milhões.
Outros confrontos

Outras duas comunidades com UPPs registraram tiroteios, na manhã desta sexta. No Complexo do Alemão, uma base da unidade foi atacada. No Pavão-Pavãozinho, também houve confronto.


Extra

Um comentário:

  1. Mais uma vez a população pobre sofre com a violência, pois o tráfico de drogas o nascedouro do tráfico de drogas foi inciado pelas autoridades do planeta, que superlotam os bolsos com o dinheiro sujo do tráfico, amparado por uma mídia suja e a ignorância da população incauta.
    Não adianta de nada esse esses confrontos, pois a droga em grande escala está entrando pelas portas da frente das nações e, com o Brasil não é diferente. Quando é que essa farsa vai vir à tona? As informações estão por aí em vários idiomas, que bancos como HSBC e tantos outros é que lavam o dinheiro do tráfico. E, de que adianta atacar o bucha do traficante e dos trabalhadores do tráfico? Que é uma ideia pede para Cia para financiar o tráfico de drogas nas favela do Brasil.

    ResponderExcluir