Helder Barbalho - Ministro da Integração Nacional |
Anunciada terça-feira pelo governo federal, a segunda fase do
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) consolida o Pará como principal
corredor logístico do Arco Norte para escoamento da produção agrícola e
mineral, gerando mais empregos e renda para a população. O programa prevê para
o segundo semestre o edital para obras nas áreas de portos, rodovias e
ferrovias – incluindo a Ferrogrão, que vai ligar o Mato Grosso ao porto fluvial
de Miritituba, no oeste do estado. A prorrogação da concessão de um terminal de
contêineres em Barcarena também consta da nova fase do PPI.
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que desde
sua gestão à frente da Secretaria de Portos trabalhou pelo Pará e pelo
desenvolvimento do Arco Norte, destacou que a combinação de ferrovias e portos
permite que novos empreendimentos possam chegar ao estado, assegurando sua
competitividade. Segundo ele, esses ingredientes diferenciam o Pará dos demais
estados do país:
“Festejo, comemoro e continuarei acompanhando esse processo no
sentido de efetivar a execução dos projetos”, reiterou o ministro, que, desde
outubro de 2015, quando assumiu a Secretaria de Portos, já atraiu mais de R$ 1
bilhão em investimentos para o Pará.
Com o crescimento da produção nacional de grãos, o Pará tem
expandido sua atuação nacional no setor logístico. Segundo Helder Barbalho, o
PPI vai reforçar de forma significativa a economia paraense.
“De uma maneira muito positiva, eu entendo que, neste momento,
novos investimentos representam a oportunidade de geração de emprego e de renda
e o aquecimento da economia, reafirmando o potencial do estado do Pará de se
consolidar através do Arco Norte, como o grande propulsor da logística e da
competitividade do nosso país”, afirmou o ministro.
Nesta segunda fase do PPI, o governo autorizou a prorrogação
antecipada do contrato do Terminal de Contêineres Convicon, concedido à empresa
Santos Brasil, até 2033, com investimentos de R$ 143,8 milhões no porto de Vila
do Conde, em Barcarena. Com isso, a capacidade total passará de 35.363
contêineres/ano para 72.762 contêineres – um aumento de 106% na capacidade
operacional.
Para a Santos Brasil, essa prorrogação dá garantias de
manutenção do cronograma de investimento da companhia no Pará. Os recursos
serão usados na ampliação do pátio de armazenagem, em edificações e tecnologia.
O investimento total na operação em Vila Conde está calculado em R$ 622
milhões, sendo R$ 70 milhões a curtíssimo prazo, como informa Santos Brasil,
que opera o terminal desde 2008. O terminal emprega hoje 300 funcionários e a
previsão é de aumento da força de trabalho com estes investimentos.
Ferrogrão vai gerar boom de investimentos no Pará, diz CNI
Já o edital da Ferrogrão, outro importante braço do corredor
logístico que leva o Pará à condição de destaque no Arco Norte, acontecerá no
segundo semestre deste ano. A ferrovia de 1.140 quilômetros de extensão,
ligando o município de Sinop, no Mato Grosso, ao porto de Miritituba, no Pará,
deve ultrapassar R$ 12 bilhões em investimentos e será a principal rota de
acesso para exportação da produção de grãos no Brasil. Aguardam pela obra
gigantes do setor de exportação, como Amaggi, ADM, Bunge, Cargill, Dreyfus e a
Estação da Luz Participações (EDLP).
Para o gerente-executivo de Infraestrutura da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, o anúncio das concessões vai
proporcionar ao Pará um boom de empreendimentos. Segundo ele, os negócios serão
ampliados não somente pelas companhias que operam no estado, mas também pelas
que chegarão a reboque desse novo movimento.
“Certamente veremos dezenas de terminais portuários sendo
erguidos na região de Miritituba e em demais áreas. Cargil, Bunge, Hidrovias do
Brasil já estão com obras em andamento. O Pará já vinha sendo a bola da vez da
logística no país, e esse movimento reforça essa posição. Haverá em um primeiro
momento aumento da movimentação da carga de soja. Depois, fertilizantes e, mais
à frente, diferentes tipos de carga”, garante Cardoso.
Hoje, a produção de soja e milho acima do paralelo 16 (região do
Mato Grosso) é de 104,7 milhões de toneladas, mas somente 19,4 milhões de
toneladas foram exportadas pelo Arco Norte. Os dados, fornecidos pela CNI,
referem-se à safra de 2015 e mostram o alto potencial de crescimento da
atividade de transporte de carga na região. O gasto com o frete do escoamento
de grãos também deverá cair de US$ 120 por tonelada para US$ 80 por tonelada.
Com o anúncio da Ferrogrão e a iniciativa do governo de
finalizar as obras da BR 163, Cardoso afirma que os modais interligados vão
tornar o estado ainda mais competitivo.
“O principal mote desse anúncio do PPI é a Ferrogrão. Essa
ferrovia, quando pronta, levará o Pará a uma nova realidade no cenário
logístico brasileiro. Somada à BR 163, juntas, vão gerar aumento de
movimentação de carga, mais emprego, mais renda, mais empresas. Haverá carga
para todos, sem competições. Miritituba vai ser um porto alimentador com
comboios hidroviários que levarão a carga para os terminais, que as levarão
para os navios maiores. São obras muito esperadas”, reforça Cardoso.
Também faz parte do cronograma desta nova fase do PPI a
renovação antecipada do contrato de operação da Estrada de Ferro Carajás, que
tem 892 quilômetros de extensão e liga a maior mina de minério de ferro a céu
aberto do mundo, em Carajás, ao Porto de Ponta da Madeira, no Maranhão. A cada
ano, são transportadas 120 mil toneladas de carga, além de 350 mil passageiros.
Procurada, a Vale não comentou sobre a renovação do contrato.
Ministro trabalha pelo desenvolvimento do Pará como polo
logístico
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, tem como
marca de sua gestão a busca incessante por mais investimentos e recursos que
propiciem à população paraense mais emprego, renda e qualidade de vida, levando
o estado à merecida posição de destaque no cenário logístico nacional.
Quando ocupava a pasta da Secretaria de Portos, o ministro
autorizou a ampliação de investimentos no estado. Entre outubro de 2015 a abril
de 2016, enquanto esteve à frente da Secretaria de Portos, Helder conseguiu
viabilizar a contratação de R$ 375 milhões em investimentos para os portos no
Pará. Foram autorizados R$ 372 milhões de empresas em Terminais de Uso Privado
(TUP).
O projeto de revitalização do Porto de Belém também avançou com
a presença de Helder na Secretaria de Portos. Hoje em fase de apresentação de
projetos, a chamada Belém Porto do Futuro é uma obra de grandes proporções que
vai revitalizar completamente a área do porto, levando lazer, entretenimento,
negócios e, consequentemente, empregos e renda à população da capital paraense.
A iniciativa resultou em uma previsão de investimentos de R$ 1 bilhão na época
por parte de empresas. Entre eles, a Estação de Transbordo de Cargas de
Miritituba e do Terminal Privado de Vila do Conde, em Barcarena, de
responsabilidade da Hidrovias do Brasil. Somente nessa área, por exemplo, a
operação consiste na recepção de caminhões e barcaças carregadas de grãos, que
são embarcadas em navios graneleiros com capacidade até 120 mil toneladas. O
terminal pode movimentar nada menos que 48.000 toneladas/dia. Para Wagner
Cardoso, da CNI, o volume de investimentos no estado só irá crescer, com mais
empresas instalando terminais privados no estado.
Em seu permanente diálogo com o governo federal, Helder, já à
frente da pasta de Integração Nacional, lutou para que a Ferrogrão entrasse na
pauta de importantes obras do país. Com a sua construção, Miritituba e região
do oeste do estado entram no mapa do desenvolvimento nacional, com a previsão
de instalação de empresas de exportação e criação de novas frentes de trabalho.
Como representante do estado do Pará no Governo Federal, o
trabalho do ministro Helder Barbalho tem sido o de construir um ambiente
atrativo para investimentos para toda a região e, especialmente, o Pará. Via
Fundo Constitucional de Investimentos do Norte (FNO), o ministro festejou
projetos aprovados na Sudam, entre eles, também no setor logístico e no valor
de R$ 76,8 milhões, o projeto de ampliação e melhorias do Terminal de Grãos
Ponta da Montanha, no município de Barcarena, aumentando a capacidade de
recebimento, armazenamento e expedição de produtos como minério de ferro,
manganês, bauxita, carvão, sal, trigo, soja e fertilizantes.
A partir da movimentação do Pará como protagonista do
crescimento do Arco Norte como corredor de exportação, a multinacional francesa
Louis Dreyfus Company também decidiu, em março de 2016, investir em um sistema
logístico que inclui a construção de transbordos e portos em Vila do Conde e
arredores e anunciou estudos para construção de um porto às margens do Tapajós.
Os investimentos giram em torno de R$ 1 bilhão.
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