Mulher foi encontrada morta em chácara, em Rio Preto; ele está foragido.
Suspeito recebia aulas para ler e escrever da vítima; polícia investiga o caso.
Suspeito recebia aulas para ler e escrever da vítima; polícia investiga o caso.
O suspeito de matar uma mulher que foi encontrada seminua e acorrentada na cama tem passagens pela polícia por cometer estupro, segundo informações da Polícia Civil. O homem era próximo da vítima e recebia aulas dela para aprender a ler e escrever. O crime aconteceu em São José do Rio Preto (SP), no domingo (12), e o corpo da vítima foi enterrado nesta terça-feira (14).
Os fatos de ele conviver com Simone de Moura Facini Lopes, que tinha 31 anos, e estar foragido o tornam um dos principais suspeitos do assassinato, segundo a polícia. “Justamente pela vítima trabalhar socialmente com ele, ensinar a ler e escrever, pregando a palavra de Deus, é que criou vínculo com a vítima e esse senhor. Ele tem passagens por crimes sexuais, inclusive por estupro, já puxou cadeia por causa disso. Esse detalhe, de estar foragido, também chama atenção da polícia e tudo indica que ele se evadiu para não responder pelo crime”, afirma o delegado Fernando Tedde.
“Ela estava acorrentada na cama e havia sinais de abuso sexual e também foi morta de forma muito violenta. Além de estupro, a pessoa que cometeu o crime pode responder por homicídio com requintes de crueldade”, afirma o delegado.
A Polícia Civil não descarta também a possibilidade de um outro homem ter participado do assassinato. Quem chamou a polícia foi outro morador da casa onde Simone foi encontrada. Para a polícia, ele disse que passou o dia em outra cidade ajudando em uma mudança. “A polícia trabalha com todas as possibilidades, inclusive a participação de quem chamou a polícia porque ele também tem pena por crimes sexuais e cumpriu prisão inclusive junto com o outro suspeito”, afirma.
Local onde mulher foi encontrada morta (Foto: Reprodução/TV TEM) |
O caso
A vítima frequentava a chácara onde foi encontrada morta e acorrentada à cama há cerca de quatro meses. Segundo a família, ela ensinava um homem de 64 anos a ler e a escrever. No domingo (12), dia em que foi morta, era dia de ensino religioso. Segundo os familiares, ela saiu de casa às 11h e no final da tarde ainda não tinha voltado. A família ficou preocupada e o marido foi até a chácara, mas o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, Simone estava seminua e foi presa com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. A vítima ainda tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue, possivelmente usada no crime, foi apreendida.
Segundo a polícia, outro homem, de 47 anos, que também mora na casa, foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e continua desaparecido. A perícia científica foi para o local junto com os primeiros policiais e coletou materiais que podem ajudar a identificar o autor do crime.
Enterro foi marcado por comoção em Rio Preto (Foto: Reprodução/TV TEM) |
Simone foi encontrada acorrentada em cama (Foto: Reprofução/Facebook) |
G1/Rio Preto e Araçatuba
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