Lojas kolumbia - A sua melhor opção em preços.

sábado, 24 de maio de 2014

Enchente atinge negativamente economia de Santarém

Rua Lameira Bittencourt está completamente alagada
Rua Lameira Bittencourt está completamente alagada
A inundação de ruas do centro comercial de Santarém, no Oeste do Pará, por conta da cheia deste ano preocupa moradores e empresários. Na manhã de sábado, 17, após o nível dos rios Tapajós e Amazonas aumentarem gradativamente, a Rua Senador Lameira Bittencourt, considerada o centro econômico de Santarém, foi totalmente inundada, ocasionando correria entre os comerciantes da área.

Uma estatística feita pela Agência Nacional de Águas (ANA) aponta que o rio Tapajós, no Oeste do Pará, já ultrapassou a marca de 8 metros. Na sexta-feira, 16, a régua da Agência Nacional de Águas, que fica localizada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) e monitora o nível da água, marcou 8.10 metros.


Já no sábado, 17, a régua da ANA registrou a subida do rio Tapajós quando o nível chegou a 8.22 metros, sendo 2 centímetros a menos do que na mesma data de 2009, considerada a maior enchente ocorrida na região Oeste paraense, quando foi registrado 8.24 m. Outra medição feita pela ANA na manhã de segunda-feira, 19, registrou 8.12 metros, sendo 5 centímetros a menos do que no mesmo período de 2099, quando foi registrado 8.17 metros.

Todos os municípios do Oeste paraense banhados pelos rios Tapajós e Amazonas estão em estado de alerta. Quatro já decretaram estado de emergência, entre eles, Óbidos, Alenquer, Aveiro e Almeirim. A Defesa Civil Estadual continua monitorando na região a subida dos rios Tapajós e Amazonas, e de seus afluentes, além de ajudar os ribeirinhos, em parceria com as prefeituras.

Em Santarém, além da Rua Senador Lameira Bittencourt, outras importantes vias estão inundadas, entre elas, as travessas 15 de Novembro, 15 de Agosto, dos Mártires e a Avenida Tapajós, localizada na orla da cidade. Todas foram alagadas pelas águas do rio Tapajós. Pontes improvisadas foram instaladas pela Defesa Civil em várias ruas da cidade para facilitar o tráfego de pedestres, assim como bombas foram instaladas na orla para auxiliar o escoamento das águas pluviais.

Empresário Bena Santos
Empresário Bena Santos
Para o empresário, Bena Santos, proprietário de uma loja no centro de Santarém, a cheia deste ano está ocasionando muitos prejuízos, porém, o problema vem ocorrendo desde 2009, quando foi registrada a maior enchente da região Oeste do Pará. “Esse reflexo da enchente é o efeito dominó. Atinge tanto empresários quanto funcionários. Como a enchente está ocorrendo em toda a região o reflexo acontece em Santarém pelo fato de ser uma cidade pólo, não só no comércio, mas em todas as atividades econômicas”, afirma Bena Santos.


PESQUISA: Recentemente, segundo Bena Santos, foi feita uma pesquisa por uma empresa especializada que apontou o valor do prejuízo causado pela cheia em mais de R$ 300 milhões, o que deixou os comerciantes preocupados. “Hoje, é bem maior esse volume de prejuízo, levando em consideração que a enchente aumentou em Santarém e região e vem dar um reflexo maior na economia da nossa cidade”, assevera.

De acordo com Bena Santos, mesmo as entidades de classe como o Sindicato Lojista de Santarém (Sindilojas), o Clube de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) tendo se prevenido com antecedência, a classe empresarial não esperava que a cheia de 2014 ocorresse nessa proporção.

“Até porque a diferença está sendo muito pouca em relação ao ano de 2009. Na tarde de sábado, 17, uma grande quantidade de água invadiu a Rua Senador Lameira Bittencourt, ocasionando ainda mais prejuízos aos comerciantes”, nota.

PLANEJAMENTO: No último final de semana, uma equipe da Defesa Civil Estadual, com a ajuda do Grupamento Aéreo (Graesp), sobrevoou as regiões mais afetadas pelas cheias no Oeste paraense. “Um trabalho que vai ajudar no planejamento e no desenvolvimento das nossas ações”, explicou o sargento Riler Silva, membro do núcleo regional da Defesa Civil Estadual em Santarém.

O município de Santarém está com grande parte de sua orla alagada, assim como Óbidos, Alenquer, Aveiro e Curuá. As cheias afetaram o trânsito e o comércio, pelo fato de a cidade estar à margem do rio e “já possuir um histórico de alagamentos”, disse Riler Silva.

Em 2009, quando ocorreu a maior cheia do Tapajós já registrada na história de Santarém, o rio atingiu a marca de 8.24 metros, no dia 17 de maio, sendo 2 centímetros acima da marca registrada na mesma data em 2014. Naquele ano, choveu durante todo o mês de maio, e o rio alcançou a marca histórica de 8,31 metros no dia 30. Em 2014, as chuvas têm sido intercaladas.

“As informações meteorológicas que temos é de que neste mês de maio teremos chuvas abaixo do índice de 2009, mas não podemos afirmar que os rios manterão seus níveis baixos”, informou o sargento Riler.

Em Alenquer, a frente da cidade está inundada. Pontes de madeira possibilitam o acesso dos moradores as suas casas. Muitos moradores tiveram que abandonar suas casas.

ENCHENTES NAS CIDADES DA REGIÃO OESTE: As enchentes no Oeste do Pará, originadas pelas cheias dos principais rios que banham as cidades da região, são preocupações do deputado estadual Zé Maria (PT). Na Assembleia Legislativa, o parlamentar apresentou requerimento que solicita informações e providências ao Coordenador Tenente Coronel José Almeida, do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), sobre as medidas preventivas e ações direcionadas para amenizar os danos sociais e econômicos durante as enchentes provocadas pelas cheias dos rios Amazonas, Tapajós, Araguaia, Tocantins e Itacaiúnas.

De acordo com Zé Maria, em Santarém, por exemplo, o nível dos rios Tapajós e Amazonas sobe invariavelmente, provocado também pelas intensas chuvas, chegando a invadir praticamente vinte bairros. “As conseqüências são desastrosas com essas enchentes. Milhares de famílias ficam desabrigadas, deixam de trabalhar e ficam vulneráveis a doenças, casas desabam, ruas ficam esburacadas e interditadas e os trabalhadores rurais são prejudicados em suas plantações, enfim, há um verdadeiro caos no setor da infra-estrutura e de agricultura de subsistência”, afirma o Deputado.

O Deputado já havia solicitado à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Pará providências urgentes no sentido de implementar ações direcionadas ao combate das conseqüências provocadas pelas enchentes e a criação de uma comissão externa para acompanhar estas ações.





RG 15/O Impacto

Nenhum comentário:

Postar um comentário