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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ruas alagadas preocupam quem trabalha no comércio de Santarém

Água do Rio Tapajós avança sobre frente da cidade (Foto: Luana Leão/G1)
A cheia do rio já deixou algumas ruas de Santarém, oeste do Pará, intrafegáveis. Na área central da cidade, onde o fluxo de pessoas é intenso, as ruas alagadas representam perigo para quem tem contato direto com a água que se mistura com lama e ao lixo, muitas vezes contaminado com urina de rato. A situação preocupa quem trabalha no comércio.
A Avenida Tapajós, em frente à cidade, está entre os pontos críticos de alagamento identificados pela Defesa Civil. Em alguns trechos, a água tomou conta da rua e pontes tiveram que ser improvisadas.

O carregador Raimundo Nonato usa botas para trabalhar. Para ele é difícil transportar mercadorias durante o período de enchente. “É meio complicado, um monte de água para a gente passar com essa mercadoria”, relata.

O carregador João Santana se arrisca a andar sem proteção em meio à lama. “Não pode ficar sem trabalhar, porque ficar parado é pior, porque não ganha nada. Assim, a gente fica pelejando até chegar o verão de novo”.

O empresário Erick Patente reclama do mau cheiro ocasionado pela água suja. “A água é suja, porque ela mistura a agua do esgoto com a água do rio e o mau cheiro é grande”.

De acordo com a enfermeira infectologista, Sheila Oliveira, dentre as doenças que acontecem com mais frequência nesse período estão a leptospirose, diarreia e hepatite A. “A leptospirose é uma doença transmitida através da urina do rato por uma bactéria chamada leptospira, então as pessoas ficam mais vulneráveis principalmente quem anda ali, os trabalhadores descalços tendo que passar pela lama. E também nessa época do ano em virtude da enchente pode adquirir diarreia e a hepatite A”, explica.

Segundo a Capitania dos Portos de Santarém, na medição realizada na terça-feira (22), o nível do rio registrou 7,82 m.




Água do Rio Tapajós avança sobre frente da cidade (Foto: Luana Leão/G1)
Água do Rio Tapajós avança sobre frente da cidade, principalmente no trecho onde está localizada a Marinha (Foto: Luana Leão/G1)






G1/Santarém
 

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