A Força Aérea Brasileira retomou, na
manhã desta sexta-feira (25), a operação de retirada do bimotor encontrado em Jacareacanga, no sudoeste do
pará. A operação de resgate do avião havia sido suspensa por conta de um
temporal que atinge a região. Ainda não se sabe se, por conta do clima
desfavorável, será possível retirar o avião que está enterrado em uma região
pantanosa de difícil acesso no meio da mata. Até o momento não há confirmação
de retirada de corpos, mas familiares das vítimas foram informados que o piloto
e os quatro ocupantes do avião não sobreviveram.
O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com 5 pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima.
Segundo o delegado de Jacareacanga, Lucivelton Santos,
que acompanha a operação, a chuva atrapalhou o trabalho de resgate. "Hoje
amanheceu chovendo aqui o que atrapalhou um pouco as buscas. Por volta das
10h30 a aeronave da FAB foi até o local, para dar continuidade ao resgate.
Porém até agora nenhum corpo, nada foi retirado da aeronave. A FAB vai retirar
a aeronave do local, para poder fazer a retirada dos corpos e dos
objetos", disse.
A operação de retirada da aeronave que
envolve militares e voluntários começou na quinta-feira (24). Um helicóptero da
FAB transportou os equipamentos que estão sendo utilizados no trabalho de
resgate da aeronave. Como o avião está submerso e apenas a cauda está visível,
um instrumento chamado talha, que funciona como guindaste, deve içar o avião.
"Como é no meio da floresta é preciso
de uma logística, tanto que o helicóptero da FAB está descendo o material de
rapel", disse. "Hoje o trabalho continua. Se Deus quiser, vamos
conseguir resolver esse problema para que os corpos sejam, com todo respeito,
colocados nos sacos plásticos adequados, para serem transferidos para
Jacareacanga e depois pra Itaituba, onde serão submetidos a exame de necropsia
junto ao IML da cidade", disse o delegado.
Entenda o caso
O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com 5 pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima.
A aeronave fez o último contato com a
torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. A causa do acidente
está sendo investigada pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
Segundo a FAB, a missão de resgate durou
35 dias e envolveu 50 militares. A FAB contabilizou mais de 230 horas de voo e
a área coberta ultrapassou a 28 mil km² sobrevoados, equivalente a cinco vezes
o território do Distrito Federal, utilizando um helicóptero H-60 Black Hawk,
aeronaves P-95 Bandeirante Patrulha e SC-105 Amazonas, além da aeronave de
patrulha P-3 AM. O mau tempo na região, especialmente a formação de nevoeiros,
a cheia no Rio Tapajós e a vegetação dificultaram os trabalhos.
G1/PA
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