O
secretário Domingos Sávio, da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), negou a
ocorrência de quatro mortes que estariam ligadas a enchente do rio Madeira, de
acordo com o que foi veiculado pela imprensa, inclusive em nível nacional. Dos
quatro óbitos, apenas um foi em consequência da maior enchente da história de
Porto Velho, capital de Rondônia.
As outras três mortes confirmadas, uma foi
provocada por hepatite e a vítima residia no distrito de União Bandeirantes, as
outras duas moram na área rural do Amazonas. Uma das pacientes que faleceu
residia em Humaitá e veio em busca de assistência médica em Porto Velho, que já
chegou em estado crítico, bastante debilitada.A única morte confirmada pela Semusa, que teve influencia direta da enchente do rio Madeira, foi a de um pedreiro que morava no Residencial Cujubim, localizado na Estrada do Santo Antônio. Ele trabalhava cavando poço e fossa e foi infectado depois que teve contato com a água contaminada da enchente. O óbito foi provocado por leptospirose. “Infelizmente tivemos o registro da morte desse trabalhador. E é um caso que serve de alerta para a população, para que os moradores das áreas alagadas redobrem os cuidados e não deixem as crianças brincarem na água. É muito arriscado e pode custar a vida de mais pessoas”, frisou o secretário.
Domingos Sávio também orientou as pessoas que estiverem com diarreia, vômito, dor de cabeça e outros sintomas que procurem imediatamente unidade de saúde mais próxima de sua residência para fazer a notificação e evitar a automedicação. O registro também pode ser feito diretamente à Sala de Situação da Semusa, pelo telefone 69 8473-4788, que é do plantão 24 horas da secretaria. “A ligação pode ser feita a qualquer hora que sempre terá um servidor para atender”, recomendou.
Transmissão
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem. A transmissão da doença ocorre em situações de enchentes e inundações, quando a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes.
Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina de animais doentes ou convalescentes.
Os sintomas mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
Prevenção
Para não contrair a doença deve-se evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas ou outros ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
O hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) mata as leptospiras e deverá ser utilizado para desinfetar reservatórios de água (um litro de água sanitária para cada 1000 litros de água do reservatório), locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada (um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água). Durante a limpeza e desinfecção de locais onde houve inundação recente, deve-se também proteger pés e mãos do contato com a água ou lama contaminadas.
Dentre as medidas de combate aos ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destinação adequada do lixo e o armazenamento apropriado de alimentos. A desinfecção de caixas d´água e sua completa vedação são medidas preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores pelo uso de raticidas e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente capacitadas.
As pessoas que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo, alguns dias depois de ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto, deve procurar imediatamente o centro de saúde mais próximo. A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o tratamento precoces são a melhor solução. O tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
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