Após mais de dois meses de cheia intensa do rio Madeira dentro região urbana de Porto Velho, Rondônia, o rápido recuo do rio nos últimos dias começa a deixar cenários de destruição por toda a região Central da cidade.
De acordo com a medição da régua da HERMASA coletada pela Delegacia Fluvial de Porto Velho, o rio Madeira registrou na manhã desta terça-feira (22), o nível de 18,08. O recuo do rio registrado durante a ultima semana foi de um metro.
Com a baixa gradual do rio, o lixo e a lama deixada pelas barrentas aguas do Madeira são os maiores problemas a serem enfrentados pelas equipes de limpeza da prefeitura de Porto Velho.
Em avenidas localizadas no bairro Areal alguns moradores já retornaram às suas residências que antes estavam tomadas pela água, a limpeza ficou por conta da própria comunidade.
Na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré a lama barrenta e fétida tomou conta de todos os galpões e da sede administrativa. No ano de 2010 a praça recebeu uma reforma de mais de onze milhões de reais, dinheiro esse que terminou de ser arrastado pela força da cheia.
Os prejuízos ainda serão calculados, porém estima-se que ultrapasse os duzentos milhões de reais. Na região do bairro Triângulo a estimativa é de que até o final da semana já seja possível iniciar o trabalho de limpeza de várias áreas que estavam inundadas.
Aos poucos o trânsito volta a fluir na cidade, vias importantes como Marechal Deodoro, Tenreiro Aranha, Campos Sales, entre outras rotas de ligação do Centro da cidade à zona Sul já estão liberadas. Entre as grandes avenidas inundadas apenas a Rogério Werber permanece interditada pelas águas.
Mesmo com o cenário de devastação deixada pela força da inundação, para muitos moradores de Porto Velho e sensação é a de que o pior já passou.
De acordo com o senhor Flávio Silva, morador do distrito de Terra Caída, agora o que resta é esperar as águas descerem mais ainda para toda a comunidade afetada analisar o estrago causado.
“Acredito que agora é só esperar, o rio já está baixando rápido e a nossa expectativa é de ver como ficaram os distritos após essa enchente”, concluiu Flávio Silva.
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