O trecho da Avenida Tapajós está intrafegável e foi interditado |
Órgãos de segurança de
Santarém, após realizarem um levantamento da subida das águas dos rios Tapajós
e Amazonas, chegaram à conclusão de que o Município poderá sofrer a maior
enchente de todos os tempos. O último nível obtido do rio Tapajós em Santarém
marcou 7.48 metros, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), quatro
centímetros a mais que a mesma data em 2009, quando foi registrado 7.44 metros,
sendo considerada a maior cheia dos últimos 50 anos.
A
subida rápida das águas preocupa até mesmo quem nunca teve a residência
alagada, como a comerciante Maria Salverina Reis, que mora no bairro Uruará.
“Aqui nunca ultrapassou o nível, mas já chegou perto. Aí a gente não sabe, já
que as previsões são de que a cheia esse ano vai ser grande”, declarou.
O
coordenador da Defesa Civil de Santarém, Darlison Maia, ressalta as previsões.
“É evidente que a cheia de 2014 poderá ultrapassar a de 2009. Por isso, já
estamos traçando algumas estratégias de trabalho para que não sejamos pegos de
surpresa como em 2009”.
De
acordo com Maia, os recursos não são muitos, mas o órgão tem se organizado para
ir em busca de ter como atender a população.
Por
conta da subida das águas, vários pontos no centro de Santarém começaram a ser
interditados. Na Avenida Tapajós, no trecho localizado entre as travessas 2 de
Junho e Assis de Vasconcelos, tubos de concretos foram colocados pela
Prefeitura de Santarém, para interditar o tráfego de veículos. Também a
Travessa Padre João foi interditada.
Dezenas
de pessoas que trabalham ou residem no local, se arriscam em estacionar os carros
na lateral da Avenida Tapajós, onde as águas avançam após penetrar pelas
galerias. No centro comercial da cidade, centenas de lojistas se preparam para
instalar marombas na Rua Senador Lameira Bittencourt.
POPULAÇÃO
RIBEIRINHA: Além
de problemas relacionados a área urbana de Santarém, milhares de ribeirinhos
também sofrem que as conseqüências da cheia deste ano. Preocupada com a
freqüente subida das águas, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, que
lidera as ações de assistência à população atingida pela cheia dos rios,
informou que poderá acionar a qualquer momento as unidades administrativas da
Prefeitura e parceiros da gestão municipal, para que o sofrimento dos
ribeirinhos seja amenizado no período de cheia dos rios.
De
acordo com a Defesa Civil, o Município recebeu em doação do Instituto
Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da
Defesa Civil Estadual 2.070 m³ de madeira em tora, que estão sendo
beneficiados, e começarão a ser entregues à população mais diretamente afetada,
de 13 comunidades ribeirinhas, a partir deste final de semana.
A
Defesa Civil garante que já fez o mapeamento dos locais mais afetados
auxiliando na retirada de várias famílias de áreas de risco.
Após
interditar o trecho da Avenida Tapajós, entre as Travessas 2 de junho e Assis
de Vasconcelos, na tarde de terça-feira, 01, a Prefeitura de Santarém destacou
que segue a tendência da subida das águas dos rios Amazonas e Tapajós, que
dependendo do aumento do nível das águas, o próximo trecho da via a ser
interditado será entre as Travessas Senador Lemos e Augusto Monte Negro.
A
Prefeitura informou, ainda, que vai fazer alteração no itinerário da linha
Santarém/Alter-do-Chão. Hoje, os ônibus da linha seguem pela Avenida Rui
Barbosa, descem na Travessa Barjonas de Miranda até chegarem à Avenida Tapajós,
subindo na Travessa Professor Carvalho. Pela modificação, os coletivos devem
seguir direto na Avenida Rui Barbosa até alcançar a Avenida Cuiabá, dobrando à
direita, no cruzamento com a Avenida Tapajós, para em seguida, subirem na
Travessa Professor Carvalho, na lateral do Mercadão 2000.
Rua principal de Alter do Chão foi invadida pelas águas do rio Tapajós |
ALTER DO CHÃO: A paradisíaca Vila Balneária de
Alter do Chão também foi invadida pelas águas do rio Tapajós. A principal rua
da Vila, que fica na orla, já foi tomada pelas águas, bem como a “Ilha do Amor”
está submersa. No local só aparecem as coberturas das malocas. Os empresários
do setor hoteleiro e restaurantes estão preocupados, pois a economia tende a
diminuir nessa época. Os micro-empreendedores também estão preocupados, pois os
turistas se afastam com o desaparecimento das praias.
RG 15/O Impacto
Nenhum comentário:
Postar um comentário