A reportagem chegou ao local minutos
após o baleamento. No interior do açougue, localizado na travessa São José, próximo
à 23ª Rua do bairro Bom Remédio, em Itaituba, Pará, as marcas dos projéteis de arma de fogo ainda
estavam nos vidros do expositor de carnes. Segundo testemunhas, foram seis
disparos e, pelo menos, quatro deles, atingiram Edvaldo Alves de Sousa, que
ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não
resistiu e morreu no hospital. Há suspeita de crime passional, mas a família
descarta essa possibilidade.
Edvaldo Alves e Sua Família |
Os vereadores Orismar Gomes e João
Paulo Meister, de Itaituba, que conheciam a vítima compareceram ao velório para
prestar solidariedade à família. Lamentando o ocorrido, eles lembraram que, nos
últimos dois meses, pelo menos cinco pessoas foram executadas com requinte de
crueldade e características de execução. Mulheres e homens morrendo por
motivação que não justifica a violência e ainda deixa um sentimento de
insegurança. “Nós, vereadores, vamos buscar uma articulação junto às outras
autoridades para que possamos barrar essa onda de violência. Itaituba não
precisa e nunca precisou disso. Nossa gente precisa é de segurança, não de
violência”, disse Orismar.
Edvaldo Alves de Sousa foi
assassinato a sangue frio, sem chance de defesa. Ele tinha 33 anos de idade,
era membro de uma família de 9 irmãos e morreu deixando a esposa e quatro
filhos. Entre eles, dois adotados. “Você percebe pela quantidade de pessoas de
bem que vieram nos dar esse apoio, esse conforto, que nosso irmão foi um homem
de família, trabalhador e honesto. Nada justifica essa violência. A Justiça dos
homens, nós esperamos que consiga nos dar uma resposta. Mas confiamos na
Justiça de Deus, essa que não falha nunca”, pontificou Antônio Kaiser.
Tapajós em Foco
Nenhum comentário:
Postar um comentário