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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Açougueiro é executado dentro do seu estabelecimento em Itaituba


A reportagem chegou ao local minutos após o baleamento. No interior do açougue, localizado na travessa São José, próximo à 23ª Rua do bairro Bom Remédio, em Itaituba, Pará, as marcas dos projéteis de arma de fogo ainda estavam nos vidros do expositor de carnes. Segundo testemunhas, foram seis disparos e, pelo menos, quatro deles, atingiram Edvaldo Alves de Sousa, que ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu no hospital. Há suspeita de crime passional, mas a família descarta essa possibilidade. 
A polícia apurou que o assassinato aconteceu com características de execução. Dois homens chegaram em uma moto e o passageiro, que estavam sem capacete, sacou um revólver e disparou sem descer do veículo. O delegado José Dias Bezerra, responsável pelo inquérito, adiantou que, no local do crime, o assassino ainda teria deixado um bilhete em que dizia que os tiros seriam para que a vítima não voltasse a se envolver com mulher casada.

Edvaldo Alves e Sua Família
 Os vereadores Orismar Gomes e João Paulo Meister, de Itaituba, que conheciam a vítima compareceram ao velório para prestar solidariedade à família. Lamentando o ocorrido, eles lembraram que, nos últimos dois meses, pelo menos cinco pessoas foram executadas com requinte de crueldade e características de execução. Mulheres e homens morrendo por motivação que não justifica a violência e ainda deixa um sentimento de insegurança. “Nós, vereadores, vamos buscar uma articulação junto às outras autoridades para que possamos barrar essa onda de violência. Itaituba não precisa e nunca precisou disso. Nossa gente precisa é de segurança, não de violência”, disse Orismar.

Edvaldo Alves de Sousa foi assassinato a sangue frio, sem chance de defesa. Ele tinha 33 anos de idade, era membro de uma família de 9 irmãos e morreu deixando a esposa e quatro filhos. Entre eles, dois adotados. “Você percebe pela quantidade de pessoas de bem que vieram nos dar esse apoio, esse conforto, que nosso irmão foi um homem de família, trabalhador e honesto. Nada justifica essa violência. A Justiça dos homens, nós esperamos que consiga nos dar uma resposta. Mas confiamos na Justiça de Deus, essa que não falha nunca”, pontificou Antônio Kaiser.




Tapajós em Foco

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