Com a prisão do ex-prefeito de Tomé-Açu, Carlos Vinícius de Melo Vieira,
acusado de ser o mandante das mortes do advogado Jorge Pimentel e do empresário
Luciano Capácio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)-Seção Pará, espera que
os outros acusados também sejam presos. O ex-prefeito foi
detido no fim da
manhã de ontem, em Brasília (DF). Ele está com mandado de prisão decretado pela
Justiça paraense. Até o momento, dois dos três executores das vítimas estão
presos. 'Isso é um passo. Ainda falta o pai do preso, Carlos Antônio Vieira,
que também está com ordem de prisão decretada, e falta prender também o
intermediário da contratação dos criminosos, que também está com mandado de
prisão decretado', acrescenta o presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos. A
chegada de Carlos Vinícius de Melo Vieira a Belém estava prevista para às 4
horas de hoje, no aeroporto internacional de Belém. O ex-prefeito conseguiu na
Justiça evitar a apresentação à imprensa que a polícia faz de acusados de crimes
de grande repercussão.
O presidente da OAB ainda lembrou que dos 12 advogados que tiveram
registro de violência, entre ameaças, atentados e morte, apenas um crime terá
os envolvidos submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. 'Foram 12
casos até hoje, em que advogados foram agredidos por causa da profissão. Apenas
o caso do Fábio Teles teve uma resposta conclusiva, tanto que os acusados vão
agora para o julgamento. A captura do ex-prefeito é a prova de que o Estado,
quando quer, pode prender os acusados', afirma Jarbas Vasconcelos.
Ele informou que até o momento a Ordem não teve resposta da polícia
quanto ao assassinato cometido em Parauapebas contra o advogado Dácio Antônio
Gonçalves Cunha, de 72 anos. 'A equipe da polícia está lá, mas até o momento
não teve nenhuma novidade. Nós esperamos pela elucidação do caso', disse o
presidente da Ordem.
Jarbas Vasconcelos disse ainda, que está marcada uma reunião na OAB para
discutir a violência que os advogados estão sofrendo e também a necessidade de
se cumprir o mandado de prisão dos acusados desses crimes.
Ele ressaltou ainda, que há mais de cinco meses espera a prisão de todos
os acusados do duplo homicídio ocorrido em Tomé-Açu. 'Não queremos que o
processo prescreva. Queremos justiça e pedimos isso para o Estado. Todos os
reféns da criminalidade. Os advogados, os policiais e a população em geral',
afirmou.
O Liberal
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