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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ex-prefeito é preso de Tomé-Açu é preso em Brasília e transferido a Belém

 

Com a prisão do ex-prefeito de Tomé-Açu, Carlos Vinícius de Melo Vieira, acusado de ser o mandante das mortes do advogado Jorge Pimentel e do empresário Luciano Capácio, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)-Seção Pará, espera que os outros acusados também sejam presos. O ex-prefeito foi
detido no fim da manhã de ontem, em Brasília (DF). Ele está com mandado de prisão decretado pela Justiça paraense. Até o momento, dois dos três executores das vítimas estão presos. 'Isso é um passo. Ainda falta o pai do preso, Carlos Antônio Vieira, que também está com ordem de prisão decretada, e falta prender também o intermediário da contratação dos criminosos, que também está com mandado de prisão decretado', acrescenta o presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos. A chegada de Carlos Vinícius de Melo Vieira a Belém estava prevista para às 4 horas de hoje, no aeroporto internacional de Belém. O ex-prefeito conseguiu na Justiça evitar a apresentação à imprensa que a polícia faz de acusados de crimes de grande repercussão.

O presidente da OAB ainda lembrou que dos 12 advogados que tiveram registro de violência, entre ameaças, atentados e morte, apenas um crime terá os envolvidos submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. 'Foram 12 casos até hoje, em que advogados foram agredidos por causa da profissão. Apenas o caso do Fábio Teles teve uma resposta conclusiva, tanto que os acusados vão agora para o julgamento. A captura do ex-prefeito é a prova de que o Estado, quando quer, pode prender os acusados', afirma Jarbas Vasconcelos.

Ele informou que até o momento a Ordem não teve resposta da polícia quanto ao assassinato cometido em Parauapebas contra o advogado Dácio Antônio Gonçalves Cunha, de 72 anos. 'A equipe da polícia está lá, mas até o momento não teve nenhuma novidade. Nós esperamos pela elucidação do caso', disse o presidente da Ordem.

Jarbas Vasconcelos disse ainda, que está marcada uma reunião na OAB para discutir a violência que os advogados estão sofrendo e também a necessidade de se cumprir o mandado de prisão dos acusados desses crimes.

Ele ressaltou ainda, que há mais de cinco meses espera a prisão de todos os acusados do duplo homicídio ocorrido em Tomé-Açu. 'Não queremos que o processo prescreva. Queremos justiça e pedimos isso para o Estado. Todos os reféns da criminalidade. Os advogados, os policiais e a população em geral', afirmou.




O Liberal


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