O
Ministério da Saúde divulgou ontem, em Brasília, o novo mapa mostrando a
incidência de dengue no país. De acordo com os dados, o Pará vêm reduzindo os
casos notificados. Em 2013 foram 8.682 contra 11.346 em 2010. Apesar de serem
aparentemente positivos,
os resultados não são exatos, uma vez que a Secretaria
Municipal de Saúde (Sesma), não encaminhou o relatório para o Ministério da
Saúde. O mapa da dengue é feito com base no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa).
Os municípios não são obrigados a encaminhar os dados.
O
levantamento, elaborado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e
municípios, foi realizado entre 1º outubro e 08 de novembro deste ano em 1.315
cidades e tem como objetivo identificar onde estão concentrados os focos de
reprodução do mosquito transmissor da doença.
O
levantamento revelou que três capitais estão em situação de risco: Cuiabá, Rio
Branco e Porto Velho. Outras 11 – Boa Vista, Manaus, Palmas, Salvador,
Fortaleza, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo Grande; Rio de Janeiro e Vitória -
apresentaram situação de alerta e seis estão com índices satisfatórios (Macapá;
João Pessoa; Teresina; Belo Horizonte; Curitiba e Porto Alegre). Sete capitais
- Belém, Maceió, Recife, Natal, São Paulo e Florianópolis - ainda não
apresentaram ao Ministério da Saúde os resultados do LIRAa. A Sesma informou
que está concluindo o relatório e que será divulgado assim que for finalizado
Além
de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de
reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Segundo
o levantamento, 37,5% dos focos estão em formas de armazenamento de água, 36,4%
em espaços em que o lixo não está sendo manejado adequadamente e 27,9% em
depósitos domiciliares.
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que, para intensificar as ações
de vigilância, prevenção e controle da dengue, o governo federal está dobrando
o volume de recursos adicionais que serão repassados a todos os estados e
municípios brasileiros. Os recursos, segundo o ministro, são para incrementar
os investimentos realizados nas ações de vigilância em saúde, que somam R$ 1,2
bilhão. Para o Pará estão sendo destinados R$ 24.886.724,87.
Este
montante adicional, segundo Padilha, significa um acréscimo 110% em relação ao
que foi transferido em 2012 e contempla todos os municípios do país. No ano
passado, foram transferidos R$ 173,3 milhões. Em contrapartida, os municípios
precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de
controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos
agentes e realizar o LIRAa.
Diário
do Pará
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