A Secretaria de Saúde de Rondônia (Sesau) está elaborando
um plano de ação para combate às doenças causadas pela inundação das águas do
Rio Madeira. O nível do rio estava ontem (4), em 19,59 metros, mas chegou a
alcançar 19,70 metros, a máxima histórica.
As enchentes potencializam a ocorrência de doenças
infecciosas transmitidas pela água, pelos alimentos contaminados e pelos
insetos vetores, além dos acidentes provocados pelos animais peçonhentos, que
neste período abandonam as áreas alagadas em busca de refúgio.
Em fevereiro, a Agência
Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) emitiu alerta aos sistemas de saúde para que
monitorassem os casos de leptospirose, cólera, febre tifóide, hepatite A,
dengue, malária, acidentes com animais peçonhentos, afogamentos, intoxicações e
doenças diarreicas agudas, causadas por bactérias, vírus e parasitas.
Segundo
a diretora-executiva da Agevisa, Tânia Medeiros de Castro Souza, a Sesau tem um
comitê para a enchente que faz reuniões com os médicos e agentes de saúde,
orientando-os sobre os procedimentos adotados pela secretaria e também
entregando material impresso informativo que é distribuído para a população.
“Hoje o
nosso comitê está reunido, também com os médicos de fronteira, com a
participação do Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública], para traçar esse
plano. E na terça-feira [8], junto com a Seduc [Secretaria de Educação] vamos
montar uma palestra para apresentar à população nos abrigos”, disse Tânia. Ela
informou que, segunda-feira (7), uma equipe do Ministério da Saúde chega ao
estado para ajudar na elaboração do plano.
Segundo
a Sesau, foram confirmados 49 casos de leptospirose em todo estado, entre
janeiro e março deste ano. Dois casos de suspeita de cólera em Jaci-Paraná,
distrito da capital do estado, ainda estão sendo investigados.
Os
médicos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que estavam Rondônia para prevenir o
surgimento de epidemias, deixaram o estado na última segunda-feira
(31). O relatório sobre o trabalho dos médicos será apresentado na reunião do
comitê de enchente da Sesau.
Agência Brasil
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