Espera foi de três meses e,
segundo representante da empresa, durante esse tempo, não houve novidades sobre
os nove desaparecidos
Ela está a 60 metros de profundidade 15 quilômetros de distância do local inicial, no rio Amazonas, nas proximidades do município de Óbidos, no Pará. Foto: Divulgação |
O Plano de Salvamento
do barco rebocador CXX da empresa Transporte Bertolini só deve ser executado no
início do mês de novembro, conforme informou o coordenador do comitê de crise
da empresa, Marcelo Schröder. Com isso, chegará a três meses a espera para o
içamento da embarcação que naufragou em 2 de agosto desse ano após
colidir com o navio “Mercosul Santos”. Rebocador está
a 60 metros de profundidade e a 15 quilômetros de distância do local inicial,
no rio Amazonas, nas proximidades do município de Óbidos, no Pará.
Marcelo ressaltou que a demora se deu por
conta da necessidade de contratar a empresa Smit Salvage, de origem holandesa,
e especializada em resgate em águas profundas. Para que o resgate seja
realizado, o Plano de Salvamento aprovado pelo Comando do 4º Distrito Naval
(Com4ºDN), previa a utilização de uma espécie de guindaste denominada cábria
(que pesa em torno de 600 toneladas) e uma estrutura que se assemelha a uma
pinça. Juntas, as peças têm capacidade de içar até 1.200 toneladas.
Durante esse tempo, não houve novidades sobre
os nove desaparecidos desde o dia do acidente, segundo Marcelo Schröder. “Não
houve muita mudança no caso desde a última vez que informamos a imprensa.
Seguimos esperando que os equipamentos cheguem na região para poder realizar o
trabalho”, afirmou.
Sem
prazo de conclusão
Não há uma estimativa de quanto tempo deve
durar o trabalho. Segundo Marcelo, é impossível prever isso agora uma vez que
os técnicos das empresas é que vão conseguir determinar isso com base em uma
série de fatores.
“Só poderemos dizer quanto tempo vai durar
quando quem estiver trabalhando souber apontar o que influencia no içamento. O
trabalho pode durar um dia, mas também pode durar uma semana, por exemplo. Não
é responsável determinar um tempo de duração do resgate agora, enquanto os
equipamentos se quer chegaram ao local”.
Desaparecidos
Dos 11 tripulantes que estavam no empurrador
no dia do acidente, três são amazonenses. Euclinger da Silva Costa foi
resgatado com vida, mas Wandel Ferreira de Lima e Cleber Rodrigues Azevedo,
todos do município de Itacoatiara, ainda não foram localizados.
O içamento da embarcação dá aos familiares dos
desaparecidos a esperança de finalmente conseguir localizar os corpos, já que
após 3 meses, não há mais nenhuma esperança de que eles sejam encontrados com
vida.
Corpos
presos
O irmão de Cléber, Catarino Vieira de Lima, 34
anos, disse que todos trabalham com a possibilidade de os corpos estarem presos
nos camarotes já que o acidente aconteceu durante a madrugada e a tripulação
estava dormindo. “Nós queremos pelo menos conseguir um atestado de óbito
para resolver os trâmites legais. Estamos ansiosos para encerrar logo tudo
isso”, desabafou.
Cléber era chefe de máquinas na empresa há
pouco tempo. Conforme Catarino, a Bertolini informou à família o mesmo que para
a reportagem e que o atraso aconteceu por uma questão logística.
Os familiares dos itacoatiarenses estão à
espera do equipamento para poder retornar ao local e acompanhar os trabalhos de
içamento.
Os outros desaparecidos são Carlos Eduardo
Bueno de Souza, Dárcio Vânio Rego, Ivan Furtado da Gama, Juraci dos Santos
Brito, Adriano Sarmento de Castro e Marcelo Reis Moreira Costa.
A Crítica
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