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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Trio envolvido em morte de homem planejou furto para bancar festa de rave em Manaus

Eles usaram sonífero para dopar a vítima, que acordou no meio do crime, mas acabou morta por enforcamento. Terceiro suspeito está foragido

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Na ordem, João Victor e Júlio César (Foto: Jander Robson)
Em menos de 20 dias do latrocínio que vitimou Vinicius Garcia de Siqueira, 39, a Polícia Civil desvendou o crime e identificou os autores. Dois deles, o ambulante João Victor Andrade Ferreira da Silva, 19, o “Banana”, e o garçom Júlio César Ferreira e Silva, 22, foram presos e apresentados hoje (22) na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O terceiro suspeito, Antônio Marcos Moura Lisboa, continua sendo procurado pela polícia.

De acordo com o delegado Juan Valério, titular da DEHS, o crime, ocorrido no dia 1º de novembro, foi premeditado pelos três rapazes, que já conheciam a vítima e tinham costume de ir a casa dele para jogar vídeo game. O corpo da Vinicius foi encontrado dois dias depois, na manhã de 3 de novembro, dentro do apartamento dele, na rua Doutor Nilton Vasconcelos, antiga 14, do conjunto Hileia, bairro Redenção, Zona Centro-Oeste da cidade.

Antônio Marcos, procurado pela polícia (Foto: Divulgação)
Segundo o delegado Juan Valério, a intenção deles era furtar dinheiro e objetos para serem vendidos e, com o dinheiro, bancarem a ida deles a uma festa rave na capital. “Eles já conheciam a vítima há mais de cinco meses e sempre iam na casa dele beber, usar drogas e jogar vídeo game. Dois dias antes do crime eles planejaram o furto e levaram, no dia, um remédio para colocar na bebida do rapaz para que ele desmaiasse”, explicou o delegado da DEHS.
A vítima tomou o sonífero e “apagou”. Entretanto, no momento em que a vítima desmaiou e eles começaram a revirar a casa, Vinicius Garcia acordou e, a partir daí, segundo a polícia, começou a ser enforcado até a morte. Entre os objetos furtados estavam uma TV, um aparelho de video-game, jogos, HDs e um helicóptero de brinquedo. Todos foram recuperados pela polícia.

Bilhete usado para despistar a polícia (Foto: Divulgação)
Dois dias depois, quando a vítima foi encontrada morta em casa, havia um bilhete com a frase “estuprador é sal” ao lado do corpo, o que segundo a polícia foi deixado no local por Antônio Marcos para despistar e atrapalhar as investigações. “No dia seguinte ao crime Marcos retornou ao local, despiu a vítima e colocou este bilhete. No entanto, nas investigações colhemos relatos e imagens que apontaram o trio como autor do crime”, destacou o delegado, ressaltando que a vítima nunca tinha sido envolvida em crimes, principalmente de estupro.
O garçom Júlio e o ambulante João “Banana” foram presos cerca de dez dias após o crime, porém, como ainda estavam sob investigação só foram apresentados na manhã desta quarta-feira (22). Os dois confessaram participação no crime, porém, em defesa, disseram que quem fez toda a ação e, inclusive, teve a ideia do assassinato, foi Antônio Marcos. Os dois foram indiciados por latrocínio e a polícia continua nas buscas pelo terceiro envolvido.

Na ordem, João Victor e Júlio César (Foto: Jander Robson)
Em conversa com a imprensa, João Victor detalhou a participação dele no crime e confirmou que a ideia para o roubo foi de Antônio Marcos. “Um dia antes o Marcos me ligou e disse ‘tu ainda tem aquela situação (sonífero), o negócio?’. Eu falei ‘eu tenho’. ‘Quando tu vier, tu traz’. E realmente eu levei. Foi quando ele (Antônio Marcos) falou ‘é assim, assim e assim. Eu não tenho dinheiro e quero roubar, quero fazer isso’”, afirmou.
João Victor culpou Antônio Marcos pelo homicídio e disse que nenhum deles acabou indo para a festa de rave. “Mas não fui eu que matei. Quem matou foi o Marcos. Ele falou que se fosse pra se f*der, ia se f*der todo mundo. Então ele mandou a gente carregar a bolsa (objetos roubados)”, declarou “Eu queria só que o Marcos se entregasse porque ele sim realmente matou. E não, não fomos para a rave”.


A Crítica

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