A
Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Crimes Rurais e de
Divisas (GRCRD), prendeu, no dia 14 de novembro, durante a segunda fase da
Operação Terra Verde, quatro homens suspeitos de roubar defensivos agrícolas de
fazendas e revender em lojas especializadas. De acordo com a investigação, que
durou cerca de um ano, os crimes causaram um prejuízo de pelo menos R$ 30
milhões.
Segundo
Glaydson Carvalho, delegado adjunto do grupo especializado, há indícios de que
essa era uma das maiores organizações criminosas especializada neste tipo de
ação no país. Os roubos dos defensivos agrícolas eram cometidos em grandes
fazendas nos estados de Goiás, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, São Paulo e Minas Gerais e revendidos na cidade mineira de Araguari, onde
os quatro suspeitos foram presos.
Ao
todo, nas duas fases da operação, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 15
mandados de busca e apreensão. “O prejuízo é muito grande, às vezes dava prejuízo
de R$ 3 milhões a uma única fazenda. O valor total dos roubos é estimado em R$
30 milhões. Só em Goiás foram R$ 10 milhões”, disse o delegado. Nos locais onde
foram cumpridos os mandados, a polícia encontrou vários carros e
motos de luxo, além de caminhões.
Os
quatro homens presos, entre eles Alexsandro Risson, considerado o cabeça do
esquema, são proprietários de lojas que comercializam defensivos
agrícolas. “Esse grupo era dividido. Tinha quem escolhia e monitorava as
fazendas que seriam os alvos, tinha os que roubavam e também os receptadores”,
contou o delegado. Segundo Carvalho, eles sabiam exatamente o que precisavam,
então encomendavam a quantidade e o tipo de cada produto. Os presos vão
responder pelos crimes de roubo e associação criminosa.
Polícia Civil/GO
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