No acumulado do ano, Marabá já recebeu mais de R$ 54 milhões e pode
fechar 2017 na casa dos R$ 60 milhões
Projeto Salobo já é a maior fonte de arrecadação de Marabá. De janeiro até novembro foram R$ 54 milhões nas contas da Prefeitura |
Mergulhada em crise financeira
e dívidas há cerca de três anos, a Prefeitura de Marabá, Pará, tem respirado um pouco
mais aliviada em função dos royalties da mineração que caem em sua conta
corrente todos os meses. E ele vem crescendo ano a ano, graças ao projeto
Salobo e o aumento de sua produção. Esta semana, mais especificamente na última
terça-feira, 7, a Prefeitura de Marabá recebeu quase R$ 6 milhões de royalties.
Bateu recorde histórico.
Com isso, Marabá já é o 4º maior minerador do Brasil e o 3º que
mais arrecada royalties. Algo impossível de pensar há seis anos, antes do
Salobo. E, este mês, disparou como o segundo município do Brasil que mais
recebeu royalty de mineração, batendo todos os municípios de Minas Gerais e
ficando atrás apenas de Parauapebas.
A Prefeitura de Marabá já arrecadou R$ 639.723.321,13, o
correspondente a 76,7% do previsto para este ano. As maiores fontes de
arrecadação do município são as cotas do ICMS (R$ 128,38 milhões), do Fundeb
(R$ 111,32 milhões), do FPM (R$ 60,71 milhões), do ISS (R$ 55,08 milhões) e da
Cfem (R$ 54,05 milhões).
Marabá tem a terceira prefeitura mais rica do Pará, atrás das de
Belém e Parauapebas. Bate com folga as prefeituras de Ananindeua e Santarém,
que são municípios bem mais populosos.
A Prefeitura de Marabá tem usado, desde a última gestão, boa
parte dos royalties para pagar o serviço de limpeza urbana e também aplicar em
investimentos na cidade. A pedido da Redação do Correio de Carajás, a
Secretaria de Planejamento fará levantamento minucioso sobre a aplicação dos
recursos advindos dos royalties, que já representa a quinta maior receita do
município.
É importante lembrar que a legislação não permite a utilização
desses recursos para quitar folha de pagamento das prefeituras que os recebem.
Enquanto isso, no Congresso Nacional há uma Medida Provisória
pronta para ser votada (Nº 789/2017), que aumenta a alíquota da Compensação
Financeira pela Exploração de Extração Mineral (CFEM) de 2% sobre o valor
líquido para 4% sobre o valor bruto das vendas ao consumidor final. Isso faria
com que municípios mineradores e até mesmo aqueles que recebem impactos na
mesma região possam recebem mais recursos advindos dos royalties. Marabá, por
exemplo, poderia receber mais de R$ 10 milhões por mês.
Mais cobre, mais ouro
A Centauros Metals, companhia australiana pré-operacional do
setor de mineração que desenvolve projetos para a produção de minério de ferro
e ouro no Brasil, onde opera por meio das subsidiárias Centaurus Brasil
Mineração e Centauros Pesquisa Mineral, divulgou que definiu um alvo de cobre e
ouro de alto teor no seu projeto Salobo West, que fica na província mineral de
Carajás, no município de Marabá.
Segundo a mineradora, os resultados da amostragem inicial do
solo e mapeamento de campo confirmam a prospectividade do alvo. Os resultados
geoquímicos do solo foram delineados por uma anomalia de cobre e ouro com mais
de 6,5 quilômetros de comprimento no prospecto SW1-B, com até 600 metros de
largura, com valores de solo de até 412 ppm (partes por milhão).
O licenciamento para a sondagem
está em andamento no ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade),
órgão federal responsável por esse tipo de licença. Na previsão da empresa, as
principais aprovações devem estar disponíveis no início de 2018, após a estação
das chuvas, o que facilita o início das sondagens. (Ulisses
Pompeu, com assessoria de André Santos)
Correio de Carajás
Nenhum comentário:
Postar um comentário