O ato violento executado pelo advogado Alexandre
Paiva, contra a jornalista Dominique Cavaleiro aconteceu no início da tarde de
quarta-feira (28), em frente à 16ª Seccional de Polícia Civil.
A
repórter do site G1/Santarém realizava a cobertura jornalística da prisão do
cliente de Alexandre, fotografando com o aparelho celular, o momento em que o
preso estava sendo conduzido em direção da viatura policial, quando o advogado
iniciou agressão, dando tapa violento na mão da jornalista, a pancada foi tão
forte que o celular da jornalista caiu no chão. Insatisfeito, Alexandre Paiva
ainda deu um chute no aparelho.
Diante
do ocorrido, a jornalista registrou Boletim de Ocorrência. A agressão está
sendo apurada pelo delegado de Polícia Civil Herbert Farias Júnior, que deverá
convocar a vítima e suspeito para subsidiar as investigações do caso.
A
notícia causou indignação e revolta não somente nos profissionais da imprensa,
como em toda população, que vê em tal ato, uma forma violenta de tentar calar a
imprensa.
O
jornalista Edy Portela, apresentador do Programa Patrulhão da Cidade,
classificou o caso como uma verdadeira covardia, afirmando que o ato praticado
por Alexandre Paiva demonstra a sua incompetência em defender o cliente.
“Covardia
isso. Eu me solidarizo com a colega jornalista Dominique. O advogado que parte
para violência, visando proteger a imagem de seu cliente é um covarde e
incompetente. Pois assim assume que não tem capacidade de defender por
intermédio das normas legais”, disse Portela.
Sindicatos
representantes da categoria divulgaram Nota de Repudio, e por todo dia de hoje
(29), devem encaminhar denúncia aos órgãos competentes. Na Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), será realizada uma representação contra o advogado,
solicitando a abertura de processo disciplinar.
Acompanhe
abaixo a integra das notas dos Sindicatos:
NOTA DE REPÚDIO
O
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão de Santarém
e Região se solidariza com a profissional , Dominique de Nazaré Cavaleiro
Macêdo, de 27 anos, que atua como repórter pelo Globo Esporte e G1 em Santarém, Pará, pelo ato violento sofrido durante cobertura jornalística da prisão do advogado
Osmando Figueiredo, decretada por agredir e ameaçar a ex-companheira, Elaine Castro,
e descumprir a medida protetiva estabelecida pela justiça a favor da mesma.
O
ato violento contra a repórter aconteceu na tarde de hoje, em frente a
Delegacia de Polícia Civil de Santarém, durante a realização de imagens,
através do seu próprio celular. Dominique foi agredida na mão com um tapa, teve
o aparelho jogado ao chão, e também chutado, sendo assim danificado. Um Boletim
de ocorrência do fato já foi registrado contra o Advogado Alexandre
Paiva, que defende Osmando Figueiredo, e realizou as agressões contra a
repórter.
O
Sindicato dos Radialistas de Santarém repudia os atos de violência contra os
profissionais da imprensa, os quais se configuram claramente como ataques à
liberdade do exercício profissional.
O
atentado a profissional Dominique Cavaleiro, significa um abuso de poder contra
toda a imprensa, uma tentativa de corromper o direito do povo em conhecer as
verdades dos fatos que se passam em nossa sociedade.
NOTA DO SINJOR-PA
O
Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), por meio da Diretoria
Regional do Tapajós (DRTap/Sinjor-PA), solidariza-se com a jornalista Dominique
Cavaleiro, repórter e editora do G1 Santarém, que foi agredida, nesta
quarta-feira (28), pelo advogado Alexandre Paiva, em Santarém.
A
agressão aconteceu, na porta da 16ª Seccional de Polícia Civil, durante a
cobertura da transferência de um outro advogado, que está preso por ser acusado
de ameaçar sua ex-mulher e tentar esfaquear um amigo dela. A jornalista fazia o
registro fotográfico com celular, quando Alexandre Paiva deu uma tapa na mão
dela, tomou o aparelho e o chutou, danificando-o.
O
Sinjor-PA repudia veementemente todo tipo de violência contra jornalista e de
cerceamento ao exercício profissional, assim como a violação do direito de
acesso à informação pela sociedade. Por isso, enviará ofício à Delegacia Geral
da Polícia Civil pedindo celeridade na conclusão do inquérito para que o
responsável seja punido.
Por
fim, o Sinjor-PA pede os jornalistas vítimas de cerceamento ou violência que
denunciem imediatamente ao Sindicato para que o caso seja notificado e medidas
necessárias sejam tomadas.
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