Há um ano em busca de
emprego, Rita, 22, encontrou, no último sábado (17), o anúncio que tanto
queria. Em um site de ofertas na internet, um empresário procurava uma
empregada doméstica em Belo Horizonte, Minas Gerais. Para se candidatar à vaga, bastava que a
jovem deixasse o telefone na caixa de mensagens. A esperança, no entanto, deu
lugar à revolta quando o celular chamou. Em vez de emprego, o anunciante tentou
dar um golpe.
Alegando estar viajando, o
homem, que se identificou como empresário, informou a Rita que faria uma
entrevista pelo WhatsApp e que o telefone dela havia sido repassado para ele
pela empresa de recursos humanos que selecionava as candidatas. “Procuro uma
funcionária que faça algo a mais além da função de doméstica, mas não se
preocupe, pois não quero nenhum tipo de relação física… você só me enviaria
fotos, vídeos e áudios íntimos seus”, dizia a mensagem.
O empresário ainda disse que
não divulgaria as imagens. “Fiquei frustrada, pois tenho dois filhos, e só meu
marido trabalha. Preciso do emprego e não tenho experiência, e, trabalhando
como doméstica, eu poderia contratar alguém para cuidar dos meus filhos e ainda
ajudar em casa”, comentou Rita.
Denúncia. A
jovem respondeu que não aceitaria a vaga porque procurava “emprego de
doméstica, e não de garota de programa”. Agora, o pensamento é um só: denunciar
o crime. “Depois de eu expor essa situação em um grupo de Belo Horizonte, nas
redes sociais, várias mulheres me encorajaram a fazer o boletim de ocorrência,
e é isso que eu vou fazer”, contou.
O anúncio foi apagado do site
assim que Rita respondeu ao empresário. Contactado, o anunciante não atendeu os
telefonemas da reportagem. A empresa de recursos humanos citada por ele nas
mensagens disse que não faz seleções de empregadas domésticas para terceiros.
Minas Hoje
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