Eles são de Uberlândia, estão em férias no país e
estavam na rodovia onde as chamas se alastraram. Mais de 60 pessoas morreram
carbonizadas.
Assustador e devastador". É o
que disse o médico de Uberlândia, Márcio Queiroz Marques, ao relembrar a cena
que viu do fogo tomando
uma floresta em Portugal. Ele está de férias com a família no
país e, juntamente com a esposa, presenciou as chamas se alastrando entre
árvores e rodovias. Pelo
menos 62 pessoas morreram e
mais de 60 ficaram feridos.
O casal filmou
o momento em que o fogo atingiu uma das rodovias da região. Eles seguiam de
Fátima para Proença-a-Nova quando foram impedidos de passar pela estrada.
“Estávamos na região de Figueiró dos Vinhos e a uns 20 km do fogo enxergamos
uma fumaça enorme no céu”, contou.
Casal de Uberlândia recebe orientação em rodovia tomada pelo fogo em Portugal (Foto: Liliam Vinhal/Arquivo Pessoal) |
As imagens acima mostram quando a
família foi orientada pela polícia a retornar e não seguir viagem pela mesma
estrada. “Estávamos na mesma rodovia onde várias pessoas morreram dentro dos
carros. Pegamos a pista no sentido contrário, mas infelizmente muita gente foi
para o outro lado”, explicou Márcio.
Liliam Vinhal
Queiroz contou ao G1 que
está em Portugal desde o dia 4 de junho em férias com a família. “Na hora que
vi as chamas falei: precisamos voltar. Ontem fiquei o dia todo pensando que se
tivéssemos tomado o sentido contrário, poderia ter sido uma tragédia”, lembrou
Corpos carbonizados
O incêndio em
grandes proporções teve início na tarde de sábado (7). As chamas se espalham a
partir de quatro focos pela região próxima a Coimbra e entre as duas maiores
cidades portuguesas: Lisboa e Porto.
Mais da metade
das vítimas morreram carbonizadas dentro dos carros na
estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. O número de focos foi
reduzido para 35 no domingo (18) à noite em todo o país, mas os recursos
mobilizados continuavam sendo praticamente os mesmos. Quatro aviões de combate
ao incêndio da Espanha e três da França chegaram para ajudar os bombeiros
portugueses.
O balanço
oficial mais recente é de 62 mortos e 62 feridos, incluindo cinco em estado
grave, uma criança e quatro bombeiros. As autoridades, no entanto, não
descartam a possibilidade de encontrar outras vítimas nas áreas devastadas
pelas chamas.
Bombeiro trabalha no combate às chamas na região central de Portugal (Foto: Reuters/Rafael Marchante) |
G1/Triângulo Mineiro
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