Francisco Paiva é 29º sobrevivente encontrado após
o naufrágio do navio Capitão Ribeiro. Com isso, a Segup encerra as buscas e
continua trabalhando na investigação que levou ao naufrágio da embarcação.
Secretaria de Estado de Segurança
Pública e Defesa Social (Segup-PA) informou na noite desta sexta-feira (25), que
foi encontrado o 29º desaparecido do naufrágio da embarcação Capitão Ribeiro no
rio Xingu, ocorrido na noite da última terça-feira (22). Com isso, a Segup
encerrou as buscas por mais sobreviventes. Veja
quem são as vítimas do naufrágio no Rio Xingu, no Pará.
Segundo o
órgão, Francisco Paiva foi resgatado por ribeirinhos e seguiu para o município
de Uruará, onde foi localizado. Com isso, o órgão de segurança deu por
encerrada as buscas por sobreviventes e continuará o trabalho de investigação
que levou o naufrágio do navio no rio Xingu. A tragédia contabilizou 29
sobreviventes e 23 mortos.
Na tarde desta
sexta-feira, o
penúltimo desaparecido encontrado foi Israel da Silva Sousa. Ele
foi resgatado por moradores de uma comunidade ribeirinha e levado para vitória
do Xingu. Lá, Israel recebeu atendimento e, por conta própria, seguiu para
Santarém. Uma equipe da Defesa Civil foi até o local e confirmou que ele estava
vivo.
Ainda nesta
sexta-feira, foram velados, na casa de familiares, os corpos das duas crianças
encontradas. Os dois irmãos eram de Porto de Moz.
MAPA - Naufrágio de barco no Rio Xingu, no Pará - atualizado em 24/8 (Foto: Arte/G1) |
A Marinha do Brasil informou na
última quarta-feira (23) que o
naufrágio do navio Capitão Ribeiro, na última terça-feira (22) foi o sexto
ocorrido no Pará em 2017. Segundo o Sistema de Proteção da
Amazônia (Sipan), o tempo estava fechado e ventava muito no momento do naufrágio.
Irregularidades
No dia do
naufrágio no Rio Xingu, no Pará, o barco Capitão Ribeiro informou à Marinha do Brasil que levava
apenas 2 passageiros. Em depoimento à polícia, o dono da
embarcação confirmou que transportava cerca de 50 pessoas naquela terça-feira
(22) e que não havia controle de quantas embarcavam em Santarém, no oeste do
estado. Alcimar Almeida da Silva afirmou ainda que fez um trajeto muito maior
do que o autorizado pela Marinha.
O governo do
Pará, que chegou a estimar que 70 pessoas estariam a bordo, trabalha agora com
o número de 52 pessoas. A embarcação não podia transportar passageiros, segundo Agência
Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA).
Segundo a
Secretaria de Segurança Pública do estado (Segup), o proprietário do barco
disse à polícia, nesta quinta-feira (24), que há cerca de 3 anos viaja com
autorização da Marinha até o município de Prainha (PA). No entanto, no dia do
naufrágio, o barco iria para Vitória do Xingu (PA), num trajeto que é cerca do
dobro do autorizado – 380 km a mais. O acidente ocorreu numa área denominada
Ponte Grande do Xingu, entre Porto de Moz e Senador Porfírio.
A Marinha
informou que toda vez que uma embarcação se desloca deve ser feito um
"despacho de saída" comunicando o percurso, sendo que quando a rota é
feita com frequência, pode ser emitido um "despacho por período", com
prazo máximo de 90 dias. No caso da embarcação Capitão Ribeiro, foi emitido um
despacho com prazo até 20 de outubro de 2017 para o trajeto Santarém - Prainha
(PA), que é de 170 km.
O Ministério Público do Pará irá apurar se o piloto estava
habilitado para conduzir o barco com aquela quantidade de passageiros.
A pedido do órgão, também foi requisitado que a Polícia Civil de Porto de Moz
instaure um inquérito policial para apurar a responsabilidade criminal dos
proprietários da embarcação.
G1/PA
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