João Rodrigues (PSD-SC) defendeu em discurso a
moral da família brasileira e criticou artista que se apresentou nu no MAM. Em
2015, ele foi flagrado assistindo a vídeo pornô durante sessão.
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O deputado João Rodrigues (PSD-SC) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados) |
O deputado João Rodrigues (PSD-SC)
afirmou nesta terça-feira (3), na tribuna da Câmara, que parlamentares que
apoiem performances como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em que um homem se apresentou nu têm
que "levar porrada" e "levar cacete".
A apresentação
de Wagner Schwartz foi feita na terça (26), na estreia do 35º Panorama de Arte
Brasileira, tradicional exposição bienal que aborda a arte no país e propõe
reflexão sobre a identidade brasileira.
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Performance artística com homem nu no MAM (Foto: Divulgação ) |
Segundo o MAM,
no evento, aberto a visitantes, havia sinalização sobre a nudez na sala onde a
performance ocorria.
"Eu não
consigo acreditar que tem algum pilantra, algum vagabundo dentro desta Casa que
aplauda isso. Se tiver, tem que levar porrada. Se tiver, tem que levar cacete.
Bando de safado, bando de vagabundo, bando de traidores da moral da família
brasileira", afirmou João Rodrigues nesta terça.
Em 2015, ele
ganhou destaque no noticiário ao ser flagrado assistindo a um vídeo pornográfico no plenário da Câmara durante
uma sessão que discutia propostas de reforma política.
O episódio foi
lembrado por deputados nesta terça, após as afirmações de João Rodrigues.
Bate-boca
O discurso de
João Rodrigues gerou bate-boca entre parlamentares no plenário.
Além do bate-boca, deputados
trocaram empurrões no plenário. Em seguida, parlamentares passaram a se
manifestar sobre o caso.
Diego Garcia
(PHS-PR), por exemplo, chamou o artista de pedófilo e disse esperar que ele
faça a performance "na cadeia".
O deputado Jean
Wyllys (PSOL-RJ), por outro lado, afirmou que a performance é prestigiada em
todo o mundo e tem o corpo como base da criação artística.
"O MAM tem
classificação indicativa de quem pode ver a performance. A performance não
inclui crianças e a mãe que levou a filha levou deliberadamente, por escolha
dela, porque assim ela a educa", disse.
G1/Política
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