Débora deixou marido e filhos para ficar com homem que mandou matá-la (Foto: Arquivo Pessoal) |
O apelo da mãe é dramático.
Ela quer pelo menos dar um enterro digno para a filha Débora Cristina Silva dos
Santos, de 25 anos, desaparecida deste o último domingo (29) da casa onde
morava por determinação do companheiro que se encontra preso no Centro de Recuperação
Penitenciário I, em Americano, em Santa Isabel, Região Metropolitana de
Belém, Pará.
A história de Débora Cristina
foi contada ao DIÁRIO com detalhes pela família. A vítima deixou o marido e
dois filhos pequenos depois que conheceu, no presídio, um homem conhecido como
"Defax", ao ir com uma amiga visitar o companheiro desta.
"Depois que ela foi com esta amiga, a vida dela mudou. Ela deixou o
conforto da casa e foi morar por determinação dele em um barraco às margens de
um igarapé, sem luz elétrica e condições dignas, no bairro do Tenoné",
contou a mãe Dinalva Santos.
Segundo testemunhas, Débora
saiu de casa depois que recebeu um telefonema do companheiro para se encontrar
com um homem em Icoaraci. Na terça-feira (31), a família recebeu um vídeo que mostra
a vítima amarrada e com marcas de tiro na cabeça. No vídeo, é possível ouvir o
assassino explicando o motivo do crime. "Tá aí, oh. Esta aí caiu, 'tirou'
o irmão. Isso vai servir de exemplo para outras mulheres porque a punição é
isto aí".
Débora foi assassinada devido
a uma suspeita de que ela estava traindo o companheiro preso com outro homem. A
vítima aparece ensanguentada e agonizando, mas o DOL optou por
desfocar as imagens, pois são fortes:
:
CRIME NA CADEIA
Este é mais um caso com a
marca de criminosos que comandam o crime de dentro da cadeia. Debora foi
amarrada, morta, filmada e teve o corpo escondido. O homem suspeito de tê-la
matado, identificado como "Karpa", foragido do Sistema Penal, foi visto
fugindo para o interior do Estado.
"Karpa" é suspeito de cometer o crime. (Foto: divulgação) |
A mãe da vítima contou que
tomou conhecimento do que houve com a filha e quer apenas que os criminosos
mostrem onde está o corpo, para que ela tenha um enterro digno. "O que a
família quer é poder enterrar nossa filha. Se alguém tem uma pista sobre onde
jogaram ou enterraram, que avise da polícia", suplicou a mãe.
O caso foi registrado na
Seccional Urbana de Icoaraci, na noite da última segunda-feira (30), como
homicídio qualificado e vem sendo investigado. O caso de Debora Cristina se
junta a outros dois casos de mulheres que foram assassinadas e tiveram as
mortes filmadas e divulgadas nas redes sociais.
DOL (Com informações de
J.R.Avelar/Diário do Pará)
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