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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Pastor lidera quadrilha armada que assalta igrejas em São Paulo

Givanildo Borges atuava como pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus em Cubatão. Quadrilha já agiu em, pelo menos, cinco cidades do estado.

Pastor que atuava em Igreja evangélica de Cubatão está foragido (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Pastor que atuava em Igreja evangélica de Cubatão está foragido (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um pastor evangélico de Cubatão (São Paulo), é suspeito de ser o chefe de uma quadrilha que assaltava igrejas e templos em cidades do litoral e interior de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, ele entrava nas igrejas, pedia uma benção ao religioso que atuava no local e obtia informações sobre o dízimo e objetos valiosos. Em seguida, a quadrilha invadia o templo e roubava os fiéis e o dinheiro da igreja. O pastor e outros integrantes da quadrilha são considerados foragidos, após o pedido de prisão temporária do grupo ser deferido pela Justiça.

De acordo com a polícia, as investigações começaram em abril, quando a quadrilha assaltou uma igreja em Cubatão. Após colher informações, a equipe do delegado Antonio Messias, titular da cidade, descobriu que o grupo era liderado por Givanildo Borges, pastor da Igreja Mundial do Poder de Deus na Vila dos Pescadores, em Cubatão.

“Eles escolhiam a igreja, chegavam no fim do culto evangélico, com veículos roubados ou furtados, e esperavam o local esvaziar. O pastor entrava na igreja com alguns fiéis, que ficavam organizando a igreja após o culto. Esse pastor entrava, se dirigia ao pastor do local e pedia uma benção, dizia que estava com problemas, fazia uma oração e aproveitava para fazer uma verificação do ambiente, ver onde havia objetos de valor”, afirma Messias.

Roberth Lincoln Barroso Oliveira, o ‘Chuchu’, fazia parte da quadrilha (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Roberth Lincoln Barroso Oliveira, o ‘Chuchu’, fazia parte da quadrilha (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Segundo o delegado, após a falsa benção, o pastor se encontrava com os comparsas nos carros e repassava as informações aos outros criminosos sobre o dízimo e objetos valiosos. O grupo entrava na igreja e roubava os fiéis e o dízimo. Depois, voltavam para os veículos e fugiam.

A quadrilha efetuou roubos em outras cidades do estado. Ao todo, foram seis crimes em templos evangélicos, sendo um na Igreja Mundial do Poder de Deus, da qual o pastor Givanildo fazia parte, e outros cinco na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), nas cidades de Peruíbe, São Roque, Cubatão, Guarujá e Mongaguá. O grupo também efetuou um roubo a uma empresa de produtos eletrônicos em Santos e a uma residência em Bertioga.

“Em São Roque, foi em uma Igreja Mundial, a mesma rede onde ele trabalhava. Quando abordaram os fiéis, um deles era guarda municipal e estava com uma arma. Quando eles descobriram, pegaram a arma e apontaram para ele, mas, por sorte, a arma não disparou, falhou. Eles agrediram o guarda, que ficou três dias internado e está afastado até hoje. Eles agem com muita violência contra os fiéis e andam armados”, diz Messias.

Felipe Marcolino dos Santos, conhecido como 'Vovô' (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Felipe Marcolino dos Santos, conhecido como 'Vovô' (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Segundo a polícia, durante as investigações, os agentes foram até o quarto utilizado por Givanildo na Igreja Mundial, em Cubatão. Eles não localizaram o pastor no local, mas encontraram cinco notebooks que foram roubados da empresa de eletrônicos, em Santos.

Ainda de acordo com as autoridades, a quadrilha é formada por Felipe Marcolino dos Santos, conhecido como "Vovô", Roberth Lincoln Barroso Oliveira, o "Chuchu", e Guilherme Augusto da Silva Júnior, o "Didi", além do pastor. Didi foi preso em Mongaguá, porém, os outros integrantes da quadrilha continuam soltos.

G1 entrou em contato com a Igreja Mundial do Poder de Deus. Por telefone, o diretor jurídico da igreja, Rodrigo Braga, informou que, "por enquanto, não tem informações concretas e reais que possam condenar o rapaz. Há cerca de um mês, aproximadamente, esse então pastor abandou a igreja. Foi quando tomamos conhecimento de que ele estava foragido, diante da acusação de integrar essa quadrilha que furtava as igrejas. Após o sumiço, houve o desligamento dele como pastor, mas não temos nenhuma informação concreta do paradeiro”.





G1/Santos e Região


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