Vários celulares e um rádio comunicador que opera nas frequências das
Polícias Civil e Militar, além de um túnel subterrâneo, foram encontrados no
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no KM 8 da BR-174,
após a fuga do narcotraficante João Pinto Carioca, conhecido como "João
Branco" nesta terça-feira (18). Ele é apontado como principal mentor da morte do delegado Oscar Cardoso no último dia 9 e não foi encontrado no presídio nesta terça, durante cumprimento de mandado de prisão na ‘Operação Hórus. O detento estava em uma "cela
especial", com direito a cerâmica, paredes recentementes pintadas,
ventilador e prateleira.
Uma fonte
fidedigna, que preferiu não se identificar, acredita que o narcotraficante e
mais 19 detentos - que também desapareceram do Compaj – podem ter sido
beneficiados com informações sobre a ação da polícia pelo rádio comunicadorantes da fuga do presídio.
Segundo a fonte, o detento
tinha privilégios dentro do presídio, com direito a uma cela arrumada, com
cerâmica no piso, paredes pintadas e prateleira onde colocava os pertences
pessoais.
A Polícia Civil tentou, durante
todo o dia de terça-feira, dá cumprimento a um mandado de prisão contra “João
Branco”, expedido pelo juiz Anésio Rocha Pinheiro da 2ª Vara do Tribunal do
Júri, mas não obteve sucesso. Ele continua sendo procurada nesta quarta-feira
(19), ainda sem sucesso.
Após constatarem o
desaparecimento do traficante da unidade prisional, policiais do Grupo de Força
Especial de Resgate e Assalto (Fera), Delegacia Especializada em Homicídios e
Sequestros (DEHS), Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Força Tática e
Canil da Polícia Militar fizeram uma varredura no local e encontraram nove
celulares, os rádios comunicadores e o túnel, que dava acesso ao lado de fora
da unidade prisional.
A polícia continua as buscas para
prender o narcotraficante, além de outros suspeitos de participação no crime.
Entre eles, a sobrinha de Oscar Cardoso, a estudante de direito Karine
Cristiane Pereira do Nascimento, 23, e o Fábio Diego Mattos de Oliveira, o “Piu
Piu”, suspeito de efetuar os disparos que vitimaram o delegado.
A sobrinha do delegado é acusada de ter
participado na morte fornecendo informações sobre a localização de Oscar no dia
do crime.
Motivo da
execução
Segundo o delegado George Gomes, responsável
pela investigação do crime, a morte do delegado Oscar Cardoso foi motivada por
vingança. Um grupo de policiais militares comandados pelo delegado é
acusado de estuprar a mulher do chefe da facção criminosa Família do Norte
(FDN).
Prisões
Durante o cumprimento da operação Hórus, foram
presos o proprietário de uma locadora de veículos, Arlindo Jorge Teles Macedo, 53, além
do namorado da sua filha, por terem alugado o veículo usado pelos assassinos no
dia do crime.
O carro foi encontrado incendiado em um ramal da Zona Leste pela polícia
um dia após a execução.
A reportagem tentou contato
com o titular da Sejus, cel. Louismar Bonates, pelo seu telefone pessoal mas
até a publicação desta reportagem não obteve contato.
A assessoria de imprensa do
órgão informou, porém, que o suposto tunel é na verdade um esgoto e não foi
encontrado nenhuma escavação nas dependências do presídio que desse acesso à
rede. A Secretaria irá apurar as denúncias e só então emitirá nota oficial
sobre o assunto.
A Crítica
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