Dhalia e Raphael moravam juntos |
O corpo
de Dahlia foi achado já em estado de putrefação, envolto em uma rede e dentro
de um saco, na lixeira do condomínio, enquanto Raphael foi encontrado enforcado
e pendurado em uma corda. A polícia suspeita de que o namorado tenha matado a
jovem – que estava desaparecida desde domingo (23) -, e se enforcado nesta quinta feira (27).
Segundo a polícia, um dos vizinhos contou que pediu a chave da
lixeira do condomínio para Raphael. Ele respondeu que não sabia onde estava e
entrou em casa. O mesmo vizinho teria ido à casa do jovem e chamado por ele.
Sem resposta, ele resolveu arrombar a porta, encontrou o corpo e chamou a
polícia.
“Tudo levar a crer que quem matou a Dhalia foi ele, mas a
perícia é quem vai dar o veredito. Estamos isolando a área para facilitar o
trabalho dos peritos. Ele amarrou uma corda em uma escápula de aproximadamente
dois metros de altura, botou no pescoço e arriou”, explicou o investigador da
Polícia Interestadual (Polinter) Afrânio, que esteve no local.
Desaparecimento
Dahlia estudava jornalismo na Faculdade São Luís e Raphael era aluno de Rádio e
TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O perfil dos dois indicavam que
ambos estavam “em um relacionamento complicado” um com o outro desde 2009. A
última postagem de Dahlia foi feita um dias antes de seu desaparecimento, no
sábado (22), onde ela diz: “Sabe quando vc aperta o botão do farejador? Veio à
tona hoje…”.
Segundo
a família da jovem, Raphael disse que a Dahlia saiu de casa para ir à praia no
início de sábado (22) e não voltou. O pai da jovem chegou a registrar boletim
de ocorrência pelo desaparecimento da filha. Amigos do casal dizem que Raphael
chorava e se dizia muito abalado pelo sumiço da namorada. Em seu perfil no
Facebook, ele fez uma postagem na segunda-feira (24) lamentando o ocorrido:
“Minha vida está perdida. Meu
objetivo de ser, minha paixão, meu vício, Dahlia Ferreira. Minha pequena está
por aí na cidade desde as 7h da manha de ontem e não de ontem e não deu mais
notícia. Acordou-me com um beijo, um cheiro gostoso e saiu para a praia.
Liberdade que sempre teve e fazemos questão de manter.
Não sei onde procurar por meu
sonho. Percorri a cidade, hospitais, delegacias, praias. Meu pensamento quase
tocando-a, e ainda assim tão distante. Minha vida está perdida.
Amigos, paixões, confidentes:
orem e, ainda mais que isso, tentem falar com outros que a conheçam e possam
tê-la visto. É o meu sonho que está perdido por aí. É um pedaço da minha vida
que temo não suportar perder.”
Jornal Pequeno
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