A Câmara Municipal de Coari (a 363
quilômetros de Manaus) manteve o mandato do prefeito afastado do município,
Adail Pinheiro, em sessão na noite desta sexta-feira (16).
Dos 15 vereadores da
cidade, 13 compareceram a sessão. Destes, seis votaram pela cassação de Adail:
Adnamar Guimarães, presidente da Comissão Especial, Mario Jorge, Merelo, Dêca,
Branco e Clodair Melo.
Os sete restantes, que
votaram pela manutenção do mandato do prefeito afastado, foram Robério Queiroz,
Dra. Cleiciane, Bat, Passarão, Keitton Pinheiro, Prof. Natinho e Salu Junior.
Iran Medeiros e Jerbson Alves foram os dois vereadores que não compareceram a
sessão.
O caso
Adail
Adail Pinheiro e cinco
servidores foram presos nos dias 7 e 8 de fevereiro após investigações do
Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) apontarem o envolvimento
deles em uma rede de exploração sexual de menores em benefício do prefeito de
Coari.
No último dia 14 de março,
eles foram afastados dos cargos que ocupavam na administração municipal de
Coari. A decisão foi determinada em caráter cautelar. Adail responde a mais de
50 processos na Justiça, com acusações que variam de exploração sexual de crianças
e adolescentes até corrupção e uso indevido da máquina pública.
Processo
no TSE
Adail ainda pode perder o
mandato devido ao Recurso especial eleitoral (Respe) nº 15.105, que tramita no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde outubro de 2012. Nele, o Ministério
Público Eleitoral e a Coligação ‘Coari Tem Jeito’ questionam a concessão do
registro de sua candidatura por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para
as eleições de 2012. Para eles, Adail não deveria nem ser elegível nas últimas
eleições devido a prévias condenações no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM)
e no Tribunal de Contas da União (TCU). O processo se encontra no gabinete do
ministro Gilmar Mendes desde 14 de março deste ano.
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