Em
entrevista ao programa Bom Dia Mirante, da TV Mirante de São Luís, Maranhão, na manhã desta
segunda-feira (19), o superintendente de Polícia Civil do Interior (SPCI), Jair
Paiva, comentou sobre a morte da escrivã Loane Maranhão Thé.
“Se ele já é um elemento que vem praticando isso (abuso) com as
próprias filhas, não é uma pessoa que a gente pode dizer que é uma pessoa de
bem. É uma pessoa que, no mínimo, tem um caráter perigoso. Então, ele chega na
delegacia, você já passa a ver ele com outros olhos. Você tem que ter um certo
receio com esse tipo de gente e isso eu acho que faltou na equipe que tava lá,
de olhar pra ele e ter mais cuidado, e tá perto dele”, disse.
O superintendente ainda afirmou que a polícia não sabe se a
escrivã tomava o depoimento do acusado sozinha. “A gente não pode precisar se a
Loane estava tomando esse interrogatório sozinha. O que eu sei é que na
Delegacia da Mulher, estavam, no momento, a delegada da Mulher titular, duas
investigadoras e a Loane, e todas estavam sabendo do fato porque, no dia anterior,
as filhas do acusado estiveram, foram ouvidas e o caso já estava em
investigação na delegacia”, contou.
De acordo com Paiva, o escrivão também é um policial e
possui porte de arma. “Todos os policiais têm armas cauteladas, né? Não sei se
a arma estava próxima, ao alcance dela, que pudesse reagir. Eu até acredito
que, pela forma que aconteceu, foi de forma muito covarde que não deu tempo nem
dela esboçar qualquer tipo de reação”.
Em relação à segurança nas delegacias, o superintendente disse
que a revista é imprescindível. “Aqueles procedimentos padrões de segurança que
o policial tem que ter, por exemplo, revistar todo e qualquer suspeito, fazer a
revista, uma revista bem feita, porque muitas vezes a gente faz a revista e o
cidadão já alega que está sendo constrangido, o que é um absurdo, mas isso tem
que ser feito. As polícias mais modernas do mundo, elas fazerm a revista, né? E
o Código de Processo diz que, se tiver fundada suspeita, você pode fazer a
revista a qualquer momento, em qualquer pessoa”.
Paiva ainda afirmou que o crime foi chocante até mesmo para a
polícia. “É um crime que chocou muito a comunidade da Polícia Civil, da
Segurança como um todo, e também a população. Em todo tempo de polícia que eu
tenho, há 16 anos, nunca vi coisa parecida em lugar nenhum do Brasil”, revelou.
Jornal Pequeno
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