Indignado com a situação de dois meses de salários atrasados
o operário, Antônio Miguel ateou fogo em materiais do almoxarifado da obra,
queimando alguns equipamentos utilizados na construção da praça esportiva, na
manhã de sexta-feira, 23.
Além
de ter os salários atrasados, o operário afirma que foi demitido pela empresa
MD Construtora Ltda, responsável pela obra, além de não ter recebido o
pagamento da rescisão de seu contrato na data marcada, que seria na sexta-feira.
O fato aconteceu depois um grupo de 11 operários fez uma paralisação na quinta-feira, 22, protestando contra os atrasos de salários. Esses funcionários, que participaram da reivindicação, alegam que também foram demitidos e terão seus contratos rescindidos.
- O meu salário e o dos meus companheiros está atrasado. Viemos de Belém para cá e o combinado era o de ganhar uma quantia x, mas isso não está sendo cumprido. Ficaram de nos dar o restante e como não foi pago, tomei essa atitude por causa do meu trabalho. A minha filha, o meu filho, a minha ex-esposa precisam de mim e como vou dar dinheiro pra eles se a empresa não deposita na minha conta?”, questionou o trabalhador.
Ele
ressaltou que tocou fogo para chamar a atenção da imprensa, da população e do
governo, que em sua opinião não está fazendo certo. “O engenheiro e a empresa
falam que o governo não liberou a verba e quem sofre somos nós, pais de família
e cidadãos que prestamos serviço para empresa”, reafirma Antônio Miguel,
operário que pôs fogo no almoxarifado.
De
acordo com os responsáveis pela obra, a situação de Antônio Miguel e de mais
três operários é diferente, por que eles foram contratados por uma empresa
terceirizada de Belém, capital do estado. O engenheiro Paulo Soares ressalta
que todos os salários atrasados já estão sendo quitados com os outros
funcionários e que a situação dos trabalhadores que tiveram seus contratos
rescindidos ainda será resolvida. Ele lamenta o ocorrido e acredita que o
operário que pôs fogo nas obras estava alcoolizado.
- Esses funcionários são de uma empresa terceirizada e por isso ainda estamos resolvendo o pagamento da rescisão deles. O que percebemos é que o operário havia bebido e por isso não temos como conversar agora. Para o restante da equipe, já quitamos a quinzena que estava atrasada, estamos em dia. É a primeira vez que esse atraso acontece com o pessoal de Belém.
Almoxarifado foi totalmente queimado |
A Polícia Militar e o corpo de Bombeiros foram acionados para
conter a confusão e Antônio Miguel foi detido pelo Grupo Tático Operacional de
Santarém. O operário assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi
liberado em seguida.
Segundo a Seop, com um projeto totalmente voltado para o conceito de obra verde, com a redução de até 80% no uso de madeira, o ginásio será capaz de receber 5,1 mil pessoas em acontecimentos voltados não só ao esporte, mas também à cultura e lazer.
Ainda de acordo com a Seop, o novo complexo, construído em 21,5 mil metros quadrados de área total e 6,5 mil metros quadrados de área construída, no bairro Caranazal, Região Metropolitana de Santarém (RMS), será multiuso. A estrutura contempla áreas como duas amplas bilheterias; recepção; saguão de entrada; setor de apoio ao turista; duas lanchonetes; academia de ginástica e academia exclusiva para atletas; sala de juízes; estacionamento para 500 carros e um palco de 350 metros quadrados e três metros de altura, que poderá receber grandes shows.
Um dos engenheiros da obra, Bruno Ebrahim, representante da empresa MD Construtora Ltda, executora da obra, garante que além de toda a infraestrutura, o novo ginásio terá salas voltadas ao atendimento de segurança, saúde e projeto de acessibilidade, em conformidade aos critérios preestabelecidos pelo Ministério do Esporte (ME) e Secretaria Municipal da Juventude, Esporte e Lazer de Santarém (Semjel).
“O projeto contempla setores como o de Defesa Civil, Central de Polícia, Brigada de incêndio, consultório médico e acessibilidade para portadores de necessidades especiais, por meio de rampas e um elevador, que também servirá de suporte para acesso a setores restritos como Tribuna de Ordem e cabine de imprensa, totalmente equipados para receber os torcedores em disputas esportivas e eventos culturais, simultaneamente”, explica.
Passados três meses do inicio da construção, a obra segue em ritmo lento, onde ocorre protesto freqüentes de operários insatisfeitos com problemas ocasionados pela Construtora responsável pela obra, os quais reivindicam direitos trabalhistas.
RG 15/O Impacto e G1
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