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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ministério Público do Amazonas apura existência de servidores 'fantasmas' em Coari

O Ministério Público solicitará à Prefeitura de Coari documentos sobre os servidores que podem embasar uma possível ação de improbidade administrativa
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou inquérito civil público para apurar denúncia da existência de funcionários ‘fantasmas’ na Prefeitura de Coari. A portaria que determina abertura do inquérito foi publicada, nessa quinta-feira (15), no Diário Oficial do MP-AM, e foi assinada pelo promotor de Justiça Daniel Amazonas de Menezes.

De acordo com denúncia encaminhada ao Ministério Público, “servidores daquela municipalidade constam da folha de pagamento, contudo, não exercem qualquer atividade e percebem remuneração todos os meses”, relata o promotor.
Ainda segundo Menezes, o MP-AM irá requisitar da Prefeitura de Coari, “documentos imprescindíveis para o ajuizamento de eventual ação de improbidade administrativa e também da respectiva ação de ressarcimento ao erário municipal”.
Ao final da portaria, o MP-AM determina que o prefeito de Coari encaminhe à Promotoria de Justiça os atos de nomeação, frequência e as fichas financeiras de uma servidora pública, assim como ato de nomeação e o endereço onde reside.
A reportagem tentou falar com o promotor de justiça Daniel Amazonas de Menezes, mas não obteve êxito.
O presidente do Conselho de Cidadãos de Coari (Concico), Magno Nascimento, informou que a falha de transparência no Portal da Prefeitura de Coari impede que se verifique a existência de funcionários que recebem salário sem cumprir horário de trabalho na prefeitura.
“Não conheço esta denúncia, mas ela é consequência da falta de informações na administração municipal. O Conselho já encaminhou uma denúncia do MP-AM para cobrar a divulgação da relação de funcionários públicos da Prefeitura de Coari”, afirmou Nascimento.
O secretário de Comunicação de Coari, Daniel Maciel, informou que a prefeitura não irá se manifestar sobre o inquérito porque não foi notificada oficialmente da investigação. “Não podemos falar enquanto não formos oficialmente notificados”, disse o secretário.
Sobre a falta de transparência nos dados, Maciel informou que precisaria consultar o procurador-geral do município para se informar sobre o que está previsto em lei.
O atual prefeito de Coari, Igson Monteiro, assumiu o cargo em fevereiro deste ano, quando o prefeito Adail Pinheiro foi preso por determinação da Justiça Estadual, acusado de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Processos

Entre março e abril, o MP-AM realizou uma correição na promotoria de Coari, onde foi constatada demora excessiva na tramitação dos processos, informou, na época, o corregedor do MP-AM, José Roque Nunes Marques.
Entre os inquéritos parados estavam sete processos referentes à improbidade administrativa envolvendo o prefeito afastado Adail Pinheiro. Segundo o corregedor, um relatório foi encaminhado para análise dos Conselhos Superior do Ministério Público Magistratura e Nacional do Ministério Público.


D24Am

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