Uma sala de crise foi instalada ontem (20), pela Coordenadoria
da Defesa Civil do Pará na sede do Corpo de Bombeiros, em Santarém, no oeste
paraense, para concentrar e gerenciar as informações a respeito da crescente
elevação do rio Tapajós e seus afluentes, na região do Baixo Amazonas. O rio já
ultrapassou a cota de alerta, de 7, 30, atingindo ontem, 20, a marca de
8,14,
com indicação de continuidade de elevação nos próximos dias. Seis municípios já
estão em situação de emergência. O que significa que eles esgotaram sua
capacidade de atender com recursos próprios as comunidades afetadas e solicitam
apoio da União e do Estado. São eles: Alenquer, Almeirim, Aveiro, Óbidos, Terra
Santa e Porto de Moz. Os demais municípios do Baixo Amazonas estão em situação
de alerta.
“É preciso
que as comunidades afetadas sigam, rigorosamente, as orientações dos agentes
locais da Defesa Civil. Eles conhecem a particularidade da cada área de risco e
sabem avaliar o momento correto de se procurar ou não um abrigo’’, disse o
coordenador adjunto da Defesa Civil do Pará, coronel José Almeida, que está em
Santarém a fim de atualizar os planos de contingências locais dos 15 municípios
do Baixo Amazonas, ameaçados pelas enchentes. Até então, o órgão contabiliza 21
mil e 14 famílias impactadas.
Atualmente, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil
registra 22 municípios atingidos pelo fenômeno da enchente no Pará. O município
de Santarém apresenta risco muito alto de inundação e estima-se que 64
famílias, na localidade de Fátima de Urucurituba, estão expostas ao risco
moderado de ‘’terras caídas’’ - movimento de massa dos taludes ribeirinhos.
Todos os órgãos que compõem o sistema da Defesa Civil
na região estão mobilizados para um trabalho de troca de informações e
administração conjunta da situação, visando o atendimento das comunidades e o
monitoramento relativo à evolução das águas. Segundo o coronel José Almeida,
houve reuniões pela manhã e à tarde, ontem, com a participação de órgãos das
três esferas governamentais (municipal, estadual e federal), a exemplo da
Marinha do Brasil, secretarias de Estado de Saúde (Sespa) e Meio Ambiente
(Sema), além da Polícia Militar, Justiça Eleitoral, Cosanpa, Celpa e Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab).
A anormalidade verificada no nível do rio Tapajós
preocupa as autoridades. A elevação está próxima da marca de 2009, quando foi
registrada a maior enchente em décadas. Com a ressalva, de que as águas ainda
crescerão nas próximas semanas, entrando no mês de junho.
ORM News
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