Um grupo de
cerca de 20 índios entrou no sítio Pimental na tarde do domingo (25), de acordo
com informações do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM). O grupo usou
embarcações para chegar ao local, onde está localizado um dos principais
canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu,
sudoeste do Pará. Os índios deixaram o local após cerca de meia hora.
A ocupação faz parte dos protestos realizados por
ribeirinhos e por representantes de cinco etnias indígenas desde a última
quinta-feira (22) na região. Os manifestantes pedem agilidade na implantação do
plano básico ambiental, uma das condicionantes da construção da usina. Também é
reivindicada a construção de casas, postos de saúde e escolas nas aldeias, além
da realocação de indígenas e ribeirinhos de comunidades afetadas pelas obras da
usina.
As estradas de acesso aos canteiros de obras da usina
seguem bloqueadas em dois pontos, onde os manifestantes impedem o acesso dos
funcionários e permitem apenas a passagem dos demais veículos não relacionados
às obras. Segundo o CCBM, os operários que moram em Altamira – e representam
40% do total – não estão trabalhando porque não conseguem ter acesso aos canteiros
de obra.
Para desobstruir as estradas, os manifestantes pedem a
presença dos presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte
Energia nas negociações. Na última sexta-feira (23) um ônibus foi incendiado
durante os protestos.
Norte Energia
nega descumprimento
De acordo com a Norte Energia, a empresa e a Funai
assinaram na quarta-feira (21) o termo de compromisso do Projeto Básico
Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), um dos condicionantes do licenciamento
ambiental da hidrelétrica, expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento assegura a realização
de ações firmadas pelo consórcio com a Funai e lideranças de 11 terras
indígenas na região do Xingu, atendidas pelo PBA-CI.
ORM News
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