O Ministério Público Federal (MPF) enviou documentos à
delegacia da Polícia Federal, em Santarém, e ao Comando Geral da Polícia
Militar, em Belém,
pedindo atenção e providências para situação de tensão envolvendo índios da
etnia Munduruku em Jacareacanga,
no sudoeste do Pará.
Segundo o MPF, as lideranças indígenas
relataram que na última terça-feira (13), cerca de 500 pessoas atacaram 20
munduruku com rojões. A reação da população veio após a casa de um dos
professores do município ser incendiada na noite última segunda-feira (12),
supostamente pelos indígenas. Segundo a polícia, os incêndio teria sido um
protesto pela demissão de 70 professores indígenas do município. O caso está
sendo acompanhado pela Funai.
“Solicito a intervenção deste comando junto à Polícia
Militar em Jacareacanga, a fim de que haja efetiva atuação visando controlar a
situação e preservar a integridade física de todos os envolvidos”, informa o
texto do ofício enviado ao comando da PM pelo procurador da República Camões
Boaventura, de Santarém.
À Polícia Federal, foi solicitado o envio de uma equipe até o local, com
urgência. O MPF também vai solicitar abertura de inquérito policial à PF para
apurar as responsabilidades pelas agressões.
Os indígenas estão há cerca de uma semana
na cidade, reivindicando uma solução para as escolas indígenas, que estão sem
professores desde que a prefeitura de Jacareacanga demitiu 70 professores, no
início do ano escolar. Os protestos ocorreram na prefeitura até o final da
semana passada, quando o MPF intermediou a realização de uma reunião sobre o
problema para a próxima quinta-feira (15), em Santarém, mas em função do
tumulto, foi remarcada para o próximo dia 21 e deve se realizar em Itaituba,
com a presença de representantes do Ministério da Educação e da Secretaria de
Educação do Estado do Pará.
G1/PA
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