Em reunião com o secretariado, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa
(PMDB) falou, nesta segunda-feira (26), pela primeira vez, sobre a deflagração
da 5ª fase da operação Ararath. Aos gestores, afirmou estar tranquilo com a
investigação e classificou como um lapso temporal sua prisão por posse ilegal
de arma de uso permitido.
Silval ressaltou aos secretários que os advogados
cuidarão da defesa dele no processo que apura crimes contra o sistema
financeiro. Classificou como normal a investigação e salientou que isso não
poderá significar a paralisia da gestão, que segue até o dia 31 de dezembro. Ele
descartou se afastar do cargo para se defender das acusações, possibilidade
comentada por diversos políticos na última semana.
Sobre a gestão, o governador
cobrou celeridade das áreas, com a definição de metas e atenção ao cumprimento
da legislação, sobretudo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina
o pagamento de todos os restos e veda reajustes abusivos nos salários dos
servidores. Silval não quer a máquina parada nem no período da Copa do Mundo,
com a entrega de todas as obras possíveis até o final da gestão.
Um novo
encontro, com a apresentação dos primeiros resultados pelos secretários está
prevista para ocorrer daqui a 15 dias.
As investigações do suposto crime de
lavagem de dinheiro, que levaram para a prisão políticos de Mato Grosso, revelam
o uso de recurso público em prol de vantagens pessoais, sobretudo, em campanhas
eleitorais. A ligação de políticos com o empresário do ramo de factoring e de
postos de combustíveis, Gercio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido por Júnior
Mendonça - alvo da primeira fase da Operação Ararath - se entende também a
empréstimos para campanhas políticas de grupos de fora do governo e para
negociações espúrias, conforme aponta a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), que determinou a prisão e mandados de busca e apreensões contra
autoridades do Estado e membro do Ministério Público Estadual (MPE).
Só Notícias
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