Os comerciantes do Maracanã, em Santarém, oeste do Pará, estão
sentidos os impactos da cheia do Rio Tapajós. Com a subida do nível das águas,
barracas da praia foram abandonadas pelos donos e a movimentação de
visitantes diminuiu.
A rua de acesso à praia está alagada.
Pontes improvisadas e aterros foram colocados para ajudar na passagem da
população. Segundo o músico, Daniel Sousa, as medidas adotadas não contribuem
para aumentar o passeio de turistas na área. “Muitos turistas que vem passear
aos domingos já voltaram daqui porque não conseguiram passar pela ponte”.
O comerciante Francisco Cardoso, que mora em frente à
praia, elevou o piso da casa para evitar a entrada da água, mas as ações não
estão funcionando. A cozinha e outros cômodos da residência foram invadidos
pelo rio. Segundo ele, a elevação do nível das águas dificulta o acesso de
clientes no comércio e os prejuízos este ano podem ser maiores do que em 2009,
quando foi registrada a maior cheia na região. “Tem tudo para ser maior que em
2009, coloquei marombas para ver se não fico de novo dentro da água”, destacou
Cardoso.
Proprietários das barracas de alimentação
que ainda funcionam na praia do Maracanã tiveram que mandar fazer
assoalhos para permanecer com as vendas. De acordo com o comerciante
Francisco Rêgo, as medidas feitas em parceria com outros comerciantes não têm
evitado prejuízos. “Esse é um momento difícil para o comércio, os
visitantes deixam de frequentar mais a praia e temos que criar
alternativas para viver neste período”.
Em outros pontos do bairro Maracanã, as
águas avançaram nas casas. Segundo o presidente da Associação de
Moradores do Maracanã I, Arnaldo Batista Pires, muitas famílias tiveram que
deixar as residências devido à cheia. Ele garantiu que a situação dos moradores
foi levada aos órgãos para cobrar apoio. “A gente fica preocupado com as
famílias, por isso, a gente reporta aos órgãos que são responsáveis por essa
situação para pedir ajuda”.
Arnaldo informou ainda, que a Defesa Civil
Municipal deve fazer uma visita nas áreas alagadas na próxima semana.
G1/Santarém
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