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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Cheia do Rio Tapajós reduz número de visitantes na praia do Maracanã

Os comerciantes do Maracanã, em Santarém, oeste do Pará, estão sentidos os impactos da cheia do Rio Tapajós. Com a subida do nível das águas, barracas da praia foram abandonadas  pelos donos e a movimentação de visitantes diminuiu.

A rua de acesso à praia está alagada. Pontes improvisadas e aterros foram colocados para ajudar na passagem da população. Segundo o músico, Daniel Sousa, as medidas adotadas não contribuem para aumentar o passeio de turistas na área. “Muitos turistas que vem passear aos domingos já voltaram daqui porque não conseguiram passar pela ponte”.

O comerciante Francisco Cardoso, que mora em frente à praia, elevou o piso da casa para evitar a entrada da água, mas as ações não estão funcionando. A cozinha e outros cômodos da residência foram invadidos pelo rio. Segundo ele, a elevação do nível das águas dificulta o acesso de clientes no comércio e os prejuízos este ano podem ser maiores do que em 2009, quando foi registrada a maior cheia na região. “Tem tudo para ser maior que em 2009, coloquei marombas para ver se não fico de novo dentro da água”, destacou Cardoso.

Proprietários das barracas de alimentação que ainda funcionam na praia do Maracanã tiveram que mandar  fazer assoalhos para permanecer com as vendas.  De acordo com o comerciante Francisco Rêgo, as medidas feitas em parceria com outros comerciantes não têm evitado  prejuízos. “Esse é um momento difícil para o comércio, os visitantes deixam de frequentar mais a praia e temos que  criar alternativas para viver neste período”.

Em outros pontos do bairro Maracanã, as águas avançaram nas casas.  Segundo o presidente da Associação de Moradores do Maracanã I, Arnaldo Batista Pires, muitas famílias tiveram que deixar as residências devido à cheia. Ele garantiu que a situação dos moradores foi levada aos órgãos para cobrar apoio. “A gente fica preocupado com as famílias, por isso, a gente reporta aos órgãos que são responsáveis por essa situação para pedir ajuda”.

Arnaldo informou ainda, que a Defesa Civil Municipal deve fazer uma visita nas áreas alagadas na próxima semana.





G1/Santarém


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