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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Cabeleireira contratou falso policial para matar parente em Goiás

Segundo a Polícia Civil, mulher tinha várias desavenças com o concunhado e prometeu pagar R$ 5 mil ao executor, em Aparecida de Goiânia.

Cabeleireira é atirador são presos suspeitos de matar Vandeval (Foto: Paula Resende/ G1)
Cabeleireira é atirador são presos suspeitos de matar Vandeval (Foto: Paula Resende/ G1)
Polícia Civil prendeu a cabeleireira Kelma Ferreira da Silva, de 40 anos, por mandar matar o concunhado, Vandeval Alves Parente, de 46, após brigas familiares, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a investigação, ela prometeu pagar R$ 5 mil ao executor, Jerônimo, que se passava por policial civil, e ao comparsa dele. A mulher nega o crime.

"É uma família problemática. Um mês antes do crime, o Vandeval tentou atropelar a filha da Kelma, de 14 anos, na porta da escola. O estopim foi quatro dias antes, quando ele quebrou os vidros da frente e de trás do carro dela porque vendeu R$ 50 em droga para ela, e ela não pagou”, explicou o delegado responsável pelo caso, Fabrício Flávio Rodrigues.

O crime aconteceu na tarde de 26 de setembro de 2016, no Residencial Caraíbas, logo após a vítima sair de casa para buscar os filhos na escola. Vandeval, que era dono de uma distribuidora de bebidas, levou um tiro enquanto dirigia.

Jerônimo estava em uma moto pilotada por Israel Honorato Azevedo, de 22 anos."O Israel e o Jerônimo ficaram o dia todo em um bar bebendo. Quando ele saiu de casa, eles seguiram de motocicleta, emparelharam, e o Jerônimo deu um tiro que entrou pelo braço e atingiu o coração do Vandeval”, detalhou o delegado.

De acordo com a equipe do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), por causa das desavenças familiares, desde o início da apuração, Kelma era suspeita de cometer o crime. Ao analisar as ligações do celular da cabeleireira, os policiais chegaram ao amigo dela, Israel, que segundo a investigação, foi o responsável por encontrar alguém para matar Vandeval.

“O Israel a apresentou ao Jerônimo, que cobrou R$ 5 mil para fazer o serviço. Ela topou, e ele matou, mas não recebeu. Seria R$ 5 mil para os dois”, disse o delegado.
Ao ser apresentado, Jerônimo confessou ter matado Vandeval. “Quando achei a hora certa, disparei. Arrependi de matar porque eu não recebi”, alegou.

Kelma está presa desde 17 de abril. Já Israel, ao saber que era procurado pelos investigadores, se apresentou com um advogado ao GIH, confessou a participação no homicídio e está em liberdade. Jerônimo foi detido na última quarta-feira (28), em Guapó.

De acordo com o delegado, o trio deve responder por homicídio duplamente qualificado, por promessa de pagamento e por impossibilidade de defesa da vítima. Como se passava por policial da GIH, Jerônimo também será indiciado por falsa identidade.





G1/GO

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