Segundo a Polícia Civil, mulher tinha várias
desavenças com o concunhado e prometeu pagar R$ 5 mil ao executor, em Aparecida
de Goiânia.
Cabeleireira é atirador são presos suspeitos de matar Vandeval (Foto: Paula Resende/ G1) |
Polícia Civil prendeu a cabeleireira
Kelma Ferreira da Silva, de 40 anos, por mandar matar o concunhado, Vandeval
Alves Parente, de 46, após brigas familiares, em Aparecida de Goiânia, na
Região Metropolitana da capital. Segundo a investigação, ela prometeu pagar R$
5 mil ao executor, Jerônimo, que se passava por policial civil, e ao comparsa
dele. A mulher nega o crime.
"É uma
família problemática. Um mês antes do crime, o Vandeval tentou atropelar a
filha da Kelma, de 14 anos, na porta da escola. O estopim foi quatro dias
antes, quando ele quebrou os vidros da frente e de trás do carro dela porque
vendeu R$ 50 em droga para ela, e ela não pagou”, explicou o delegado
responsável pelo caso, Fabrício Flávio Rodrigues.
O crime
aconteceu na tarde de 26 de setembro de 2016, no Residencial Caraíbas, logo
após a vítima sair de casa para buscar os filhos na escola. Vandeval, que era
dono de uma distribuidora de bebidas, levou um tiro enquanto dirigia.
Jerônimo estava
em uma moto pilotada por Israel Honorato Azevedo, de 22 anos."O Israel e o
Jerônimo ficaram o dia todo em um bar bebendo. Quando ele saiu de casa, eles
seguiram de motocicleta, emparelharam, e o Jerônimo deu um tiro que entrou pelo
braço e atingiu o coração do Vandeval”, detalhou o delegado.
De acordo com a equipe do Grupo de
Investigações de Homicídios (GIH), por causa das desavenças familiares, desde o
início da apuração, Kelma era suspeita de cometer o crime. Ao analisar as
ligações do celular da cabeleireira, os policiais chegaram ao amigo dela, Israel,
que segundo a investigação, foi o responsável por encontrar alguém para matar
Vandeval.
“O Israel a
apresentou ao Jerônimo, que cobrou R$ 5 mil para fazer o serviço. Ela topou, e
ele matou, mas não recebeu. Seria R$ 5 mil para os dois”, disse o delegado.
Ao ser
apresentado, Jerônimo confessou ter matado Vandeval. “Quando achei a hora
certa, disparei. Arrependi de matar porque eu não recebi”, alegou.
Kelma está
presa desde 17 de abril. Já Israel, ao saber que era procurado pelos
investigadores, se apresentou com um advogado ao GIH, confessou a participação
no homicídio e está em liberdade. Jerônimo foi detido na última quarta-feira
(28), em Guapó.
De acordo com o
delegado, o trio deve responder por homicídio duplamente qualificado, por
promessa de pagamento e por impossibilidade de defesa da vítima. Como se
passava por policial da GIH, Jerônimo também será indiciado por falsa
identidade.
G1/GO
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