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sábado, 27 de maio de 2017

Governo boliviano diz que seguro do avião da Chapecoense estava vigente

Na quarta, reportagem da CNN informou que avião da LaMia estava sem seguro válido no dia da tragédia da Chapecoense, em que 71 pessoas morreram em acidente.

Avião da LaMia, que caiu na Colômbia com jogadores da Chapecoense, jornalistas e tripulação em 29 de novembro (Foto: Luis Benavides/AP)
Avião da LaMia, que caiu na Colômbia com jogadores da Chapecoense, jornalistas e tripulação em 29 de novembro (Foto: Luis Benavides/AP)
O governo boliviano afirmou nesta sexta-feira (26) que o seguro do avião da companhia aérea boliviana LaMia, que levava o time da Chapecoense à final da Copa Sul-Americana em novembro, estava vigente quando o acidente que matou 71 pessoas ocorreu. Seis sobreviveram.

O ministro boliviano de Obras Públicas, Milton Claros, disse à imprensa que "o seguro estva vigente, as apólices estavam vigentes e a documentação estava em dia". Claros tem sob sua competência o setor aeronáutico do país e insistiu que o documento do seguro da LaMia era "válido".

A Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC), autoridade de aviação boliviana, disse hoje, em comunicado, que a apólice tinha vigência de 10 de abril de 2016 até o mesmo dia de 2017. A DGAC também informou que nunca recebeu informação da LaMia, nem da Bisa, que a aeronave encontrava-se sem a cobertura do seguro por falta do pagamento de suas quotas.

O ministro e a autoridade de aviação bolivianas contradizem a posição da empresa boliviana Bisa Seguros e Reaseguros, que afirmou na quinta-feira (25) que a apólice de seguros para os passageiros do voo da LaMia não estava vigente.

Um dia antes, a rede de televisão CNN informou em reportagem que uma carta enviada pela Bisa aos gerentes da LaMia informava que a apólice estava suspensa por falta de pagamento desde o início de outubro. "Ou seja, o seguro não estava vigente no momento do acidente", diz a CNN.

Segundo a emissora, a apólice havia sido renovada por um ano a partir do dia 10 de abril de 2016, mas, por falta de pagamento, estava suspensa no dia do acidente e não "cobria voos com destino à Colômbia, país que aparece expressamente citado em uma cláusula de exclusão geográfica junto a muitos outros, como Peru, Afeganistão, Síria, Iraque, Iêmen e várias nações africanas".

Apesar de contradizer a versão sobre a vigência da apólice, o governo boliviano não se manifestou sobre ela não cobrir voos com destino à Colômbia, local do acidente.

G1 tentou contato com representantes da empresa aérea boliviana quando a reportagem da CNN foi veiculada, mas não obteve sucesso até a publicação desta notícia.

Responsabilidade

Em dezembro, o governo boliviano disse que o piloto e a companhia aérea LaMia foram os responsáveis pela queda do avião.

"A primeira conclusão é que a responsabilidade direta pelo acidente é da empresa (LaMia) e o piloto (Miguel Quiroga)", disse o ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros, segundo o jornal "El Deber".

Autoridades da Colômbia já haviam afirmado que o avião da Lamia estava sem nenhum combustível quando bateu contra uma montanha.

De acordo com o governo boliviano, o estado "assumiu ações contra funcionários públicos que não realizaram seu trabalho", além de medidas legais contra a empresa aérea e seus funcionários. Outra medida foi uma nova vigilância em todo o sistema aeronáutico da Bolívia para evitar acidentes.

O plano de voo previa uma rota direta entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín. Essa opção da tripulação será objeto de apuração pelos investigadores colombianos. Isso porque a autonomia da aeronave, cerca de 3.000 km, era quase a mesma da distância entre as duas cidades. A legislação boliviana obriga um avião a ter combustível suficiente para chegar ao destino, a um aeroporto de alternativo e ainda mais 45 minutos de voo em altitude de cruzeiro.

Sobreviventes

A aeronave bateu contra o solo em uma montanha e perdeu a cauda. Depois as asas e a cabine impactaram do outro lado da montanha. O avião bateu em baixa velocidade contra a montanha, 250 km/h, o que permitiu ter havido sobreviventes --que estavam em posições diferentes da cabine de passageiros.

O avião havia sido fretado pela Chapecoense. Levava atletas, dirigentes, jornalistas e convidados para a partida contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana. A a lista de mortos na tragédia inclui 19 atletas e 21 jornalistas.





G1/SC

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