Segundo documentos obtidos pela rede de TV, apólice
estava suspensa por falta de pagamento; seguro também não cobria voos para a
Colômbia.
Avião acidentado que levava a Chapecoense à Colômbia (Foto: Luis Benavides/AP) |
Documentos obtidos
pela rede de televisão CNN em Espanhol apontam que o avião da empresa área
boliviana LaMia - que transportava a delegação da Chapecoense e caiu no dia 29
de novembro de 2016 na Colômbia - não estava coberto pelo seguro no dia da
tragédia. No total, 71 pessoas morreram, entre integrantes da equipe,
jornalistas e tripulantes. Houve seis sobreviventes.
Segundo a
emissora, a apólice havia sido renovada por um ano a partir do dia 10 de abril
de 2016, mas, por falta de pagamento, estava suspensa no dia do acidente. De
toda forma, de acordo com a apólice contratada, o seguro contratado não cobria
voos com destino à Colômbia, assim como a outros países como Peru, Afeganistão,
Síria, Iraque e Iêmen.
Conforme a
emissora, essas informações constam em uma carta enviada no dia 21 de fevereiro
deste ano pela seguradora Bisa aos gerentes da LaMia.
O G1 tentou contato com representantes da empresa
aérea boliviana, mas não obteve sucesso até a publicação desta notícia.
Responsabilidade
Em dezembro, o
governo boliviano disse que o piloto e a companhia aérea LaMia foram os
responsáveis pela queda do avião.
"A primeira conclusão é que a responsabilidade direta pelo acidente é da empresa (LaMia) e o piloto (Miguel Quiroga)", disse o ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros, segundo o jornal "El Deber".
"A primeira conclusão é que a responsabilidade direta pelo acidente é da empresa (LaMia) e o piloto (Miguel Quiroga)", disse o ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros, segundo o jornal "El Deber".
Autoridades da
Colômbia já haviam afirmado que o avião da Lamia estava sem nenhum combustível quando
bateu contra uma montanha.
De acordo com o
governo boliviano, o estado "assumiu ações contra funcionários públicos
que não realizaram seu trabalho", além de medidas legais contra a empresa
aérea e seus funcionários. Outra medida foi uma nova vigilância em todo o
sistema aeronáutico da Bolívia para evitar acidentes.
Plano de voo
O plano de voo
previa uma rota direta entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín. Essa opção da
tripulação será objeto de apuração pelos investigadores colombianos. Isso
porque a autonomia da aeronave, cerca de 3.000 km, era quase a mesma da distância
entre as duas cidades. A legislação boliviana obriga um avião a ter combustível
suficiente para chegar ao destino, a um aeroporto de alternativo e ainda mais
45 minutos de voo em altitude de cruzeiro.
Sobreviventes
A aeronave
bateu contra o solo numa montanha e perdeu a cauda. Depois as asas e a cabine
impactaram do outro lado da montanha. O avião bateu em baixa velocidade contra
a montanha, 250 km/h, o que permitiu ter havido sobreviventes --que estavam em
posições diferentes da cabine de passageiros.
O avião havia sido fretado pela Chapecoense. Levava atletas, dirigentes, jornalistas e convidados para a partida contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana.
Veja a lista de mortos na tragédia, que inclui 19 atletas e 21 jornalistas.
O avião havia sido fretado pela Chapecoense. Levava atletas, dirigentes, jornalistas e convidados para a partida contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana.
Veja a lista de mortos na tragédia, que inclui 19 atletas e 21 jornalistas.
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