Após mais de 24 horas internada e sentindo contrações, mãe recebeu a
notícia que filho nasceu morto. Secretaria Municipal de Saúde lamentou o
ocorrido e informou que vai apurar as condições do atendimento.
Após mais de 24 horas internada e
sentindo contrações no Hospital Municipal Albert Scheitzer, em Realengo, na
Zona Oeste do Rio, a jovem Bianca Lima dos Santos voltou para casa sem o filho
nos braços. A criança não resistiu e morreu. “Desde o momento que eu entrei lá
meu filho estava com vida porque eles escutaram o coração dele e meu filho
nasceu morto”, afirmou.
Um dia antes de
ser internada chegou a procurar duas unidades de saúde: o Hospital da Mãe, em
Mesquita, e a maternidade de Seropédica, na Baixada Fluminense, mas foi mandada
de volta para casa.
O nome do bebê
seria Adrian Lucas, uma homenagem ao pai. No domingo (14), às 4h, ela conseguiu
internação no Hospital Albert Schweitzer. Dez horas depois de dar entrada, às
14h, a bolsa estourou, mas os médicos disseram para Bianca que ainda não era
hora do parto.
“A médica
chegou, me deu o toque, falou que eu tava com 5 de dilatação e tinha até 24
horas pro meu filho nascer com a bolsa estourada”
Bianca só
voltou a ser examinada às 20h, mas por um enfermeiro. Depois isso, ninguém
apareceu no quarto. Segundo Bianca, sua mãe pediu ajuda durante toda a
madrugada, mas a equipe de plantão só apareceu de manhã, 11h depois da última
visita, por volta das 7h30.
“Quem ficou o
tempo todo até ele coroar foi a minha mãe que teve que chamar a enfermeira que
estava saindo de plantão para poder fazer meu parto. Que ai que encheu a sala
foi só esse momento que apareceu as enfermeiras o pediatra tudo para poder
fazer o meu parto só que o meu filho estava sem vida”, lamentou.
A família até
agora não recebeu o prontuário médico, para saber o que aconteceu durante o
trabalho de parto. O hospital pediu um prazo. A defensoria pública diz que esse
um direito do paciente, que deve ser atendido imediatamente, sem espera.
O Conselho Regional
de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abrirá sindicância para
apurar o caso. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lamentou o ocorrido e
informou que a comissão de óbito da unidade vai apurar as condições do
atendimento prestado. A direção do Hospital Municipal Albert Schweitzer disse
está à disposição dos familiares para esclarecimentos.
G1/RJ
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