Três militares e um agente de Polícia Civil irão
permanecer presos até o dia do julgamento
Jovem morreu no Pronto Socorro da capital/FOTO: cedida pela família |
Os policiais militares Sandro,
Adenildo e Nunes, do município de Acrelândia, no interior do Acre, tiveram a
prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (26). Ambos são suspeitos de
serem responsáveis pela morte de um jovem identificado como Edimilson Simão
Rocha, 29 anos, que teria sido brutalmente espancado pelos militares, e morreu
6 dias depois no Pronto Socorro de Rio Branco. Um outro militar e um agente
civil também foram presos.
Em reportagem produzida pelo jornal Folha
do Acre, no dia 7 de julho deste ano, a irmã da vítima denunciou a
truculência que teria sido praticada pela guarnição em uma abordagem no dia 30
de junho, na região central daquela cidade. Mirian Rocha contou que o irmão foi
agredido a pauladas, chutes e sofreu sérias consequências que evoluíram ao óbito.
Agora ela diz estar confiante que os responsáveis pela morte de Edimilson serão
penalizados.
No Boletim de Ocorrência, os
militares relataram que foram acionados por um popular informando que o homem
estava armado com uma faca correndo nas ruas causando pânico nas pessoas. Os
policiais também diziam, que ao se aproximarem de Rocha, ele pegou uma barra de
ferro e ameaçou a guarnição, que usou uma arma de choque para contê-lo, e que
após ser apresentado na delegacia foi liberado.
A causa da morte consta no atestado
de óbito como edema cerebral, traumatismo craniano, além de dilaceração do
fígado e outros órgãos. Nossa reportagem conversou com Mirian na tarde de hoje
e ela disse que está confiante e espera que a justiça seja feita. A decisão
pela prisão dos quatro policiais foi assinada pelo promotor de Justiça do
Ministério Público do Acre (MPE/AC), Teotônio Soares, titular da Comarca de
Acrelândia.
“Eles mataram meu irmão mesmo. A
gente tá feliz porque está sendo feita justiça. Não vai trazer nosso irmão de
volta, mas eles vão pagar pelo que eles fizeram com meu irmão. O promotor que
tá mexendo nesse caso é muito competente, não esperava que iria ser tão rápido
assim. Isso serve para outras famílias, para que eles não voltem a fazer isso
com outros jovens”, disse.
Folha do Acre
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