Militares vão participar de ações em praticamente
todo o território do município e também fora dele. Baixada Fluminense, Niterói,
São Gonçalo e Itaboraí também serão vigiadas.
Homens do Exército circulam pelas ruas do Rio (Foto: Reprodução / TV Globo) |
Com o início da
atuação das Forças Armadas no Rio nesta sexta-feira (28), foram também
divulgadas pelo comandante da 1ª Divisão do Exército, general Mauro Sinott,
informações de como será a distribuição das tropas pelo estado.
Segundo ele, o
Exército irá atuar em operações na Baixada Fluminense, Niterói, São Gonçalo,
Itaboraí e Zona Oeste da cidade. Já as tropas da Marinha estarão presentes no
Centro do Rio, além de Zonas Norte e Sul. Já as tropas da Aeronáutica vão
participar de ações na Ilha do Governador.
A presença das
Forças Armadas no estado é parte de uma série de As ações de integradas de
segurança para combater o crime organizado. O reforço foi solicitado pelo
governador Luiz Fernando Pezão ao presidente Michel Temer, que autorizou o
envio das tropas.
De acordo com o
decreto presidencial, é previsto o emprego das Forças Armadas até o fim de
2018, para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no RJ, em apoio às ações do Plano
Nacional de Segurança Pública. O documento foi publicado hoje no DO da União de
sexta. Segundo o presidente Temer, o objetivo é dar mais tranquilidade aos
moradores do Rio.
"O
objetivo da missão é defender a integridade da população, preservar a ordem
publica e garantir o funcionamento das instituições. A medida de hoje é mais um
passo no combate a esta situação que inquieta e angustia todos os brasileiros,
particularmente os moradores do Rio de Janeiro", afirmou o presidente.
O plano
integrado entre as forças de segurança prevê, ao todo, o reforço de mais de 10
mil homens: 8.500 das Forças Armadas, 620 da Força Nacional, 380 da Polícia
Rodoviária Federal, além de 740 policiais rodoviários que já atuam no estado.
O foco das
ações é a Região Metropolitana, mas de acordo com o governo federal, as
operações também podem abranger outras áreas.
As tropas
iniciaram os bloqueios nesta sexta pelas principais vias expressas do Rio, como
Avenida Brasil, Linha Vermelha, Arco Metropolitano, Rodovia Washington Luiz,
Ponte Rio-Niterói, Rodovia Presidente Dutra, além de pontos turísticos da
cidade, como a praia de Copacabana.
A presença
ostensiva das forças de segurança nas ruas poderá ser acompanhada pela
população, de acordo com o governador.
- Nós estamos
fazendo um grande trabalho de integração. Ontem à noite liguei para o
presidente Temer e ele, prontamente, atendeu o meu pedido para atuação das
Forças Armadas. O Estado ficará mais fortalecido nessa parceria com as forças
federais amparando a nossa PM e a nossa Polícia Civil, nesse enfrentamento.
Tenho certeza de que com essa integração vamos poder combater mais fortemente o
crime organizado – destacou Pezão.
Ministros detalham ações
Em coletiva no
Comando Militar do Leste nesta tarde, o ministro da Defesa, Raul Jungmann,
disse que o foco das ações será a inteligência no enfrentamento para
desarticular as quadrilhas, principalmente, de tráfico de drogas e roubo de
cargas.
"As Forças
Armadas vão atuar sob demanda, segundo as informações que forem levantadas pela
Secretaria de Segurança. O cardápio é toda e qualquer ação que seja necessária
para golpear e tirar a capacidade do crime organizado", explicou Jungmann.
Também durante
a coletiva, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, enumerou os principais
crimes a serem combatidos nas ações federais.
"São
quatro tipos de crimes que competem à União combater, em parceria com os
estados: o comércio de drogas, o tráfico de armas, crimes financeiros e o
tráfico de pessoas. Todo esse trabalho está sendo combatido no Rio de Janeiro
com o estrangulamento ao fluxo dos operadores dos atos ilícitos", detalhou
Torquato.
O secretário de
Segurança, Roberto Sá, informou que as ações das polícias do estado também
serão pautadas pela inteligência.
"As
atuações das polícias estaduais serão primordiais com informações sensíveis e
relevantes para o cumprimento da nossa missão, efetuando busca e captura de
criminosos que trazem tanto mal à nossa sociedade", afirmou Sá.
G1/RJ
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