Foto: Ilustrativa |
Estudo da Associação Brasileira dos
Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) apontou nesta terça-feira (25), Mato Grosso
como o quinto estado com maior concentração de violência sexual contra crianças.
Os dados do Ministério da Justiça apontam que, somente em 2015, o Estado
registrou 328 abusos sexuais contra meninas. Além de 122 casos de
exploração sexual, 275 de violência física e 618 de negligência.
A pesquisa mostra ainda que as
denúncias de negligência e violência física têm média menos concentrada do que
as violações sexuais, mas, ainda assim, respondem por percentuais que
ultrapassam a metade do universo de denúncias do ano.
Em média, 44% das denúncias de
violência física atingem pessoas do gênero feminino. Em Mato Grosso os
registros alcançam 42,8%. Já em relação à violência contra menino, Mato Grosso
registrou 10,6% de abuso sexual, 4,2% de exploração sexual, 46,1% de violência
física, 37,2% de negligência.
Em números reais, foram
registrados 47 casos de abusos sexuais contra meninos, sete de exploração
sexual, 296 de violência física e 522 de negligência.
A pesquisa também aponta que contra
os meninos, as violações sexuais são menos concentradas, a média, entre os
estados que apresentam as maiores quantidades de denúncias não supera um terço
do total de denúncias do ano, sendo de 21,9% para as notificações de abuso
sexual e 15,6% entre os casos de exploração sexual.
Segundo a Fundação Abrinq, o objetivo
do relatório é comparar a situação da infância no Brasil com as metas assumidas
pelo País nos ODS da ONU.
Desta forma lança o estudo “A Criança
e o Adolescente nos ODS – Marco zero dos principais indicadores brasileiros –
ODS 1, 2, 3 e 5” mostrando a situação atual das crianças e dos adolescentes.
O estudo visa complementar o
relatório entregue pelo governo à ONU, mostrando o retrato atual da população
de 0 a 18 anos para estabelecer um ponto de partida para o monitoramento do
cumprimento das metas associadas a crianças e adolescentes dos ODS 1
(Erradicação da Pobreza), 2 (Fome Zero), 3 (Boa saúde e bem estar), e 5
(Igualdade de Gênero) .
Ao todo, o “Marco Zero” aponta 107
indicadores sociais da infância e adolescência.
“Se o País não investir de forma
prioritária na promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes, nenhum
desenvolvimento econômico terá sustentabilidade”, diz Heloisa Oliveira, administradora executiva da
Fundação Abrinq.
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